"Os bons ideais aproximam as pessoas que olham o mundo não apenas para si, mas para todos"Rivaldo R. Ribeiro

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20 de maio de 2018

Pesquisadora analisa retirada do símbolo que indica presença de transgênicos

Fonte: Ensp/Fiocruz

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal votou, na terça-feira (17/4), favoravelmente ao Projeto de Lei que desobriga empresas a denunciarem a presença de transgênicos em seus produtos alimentícios. A proposta, que tramita no Senado desde 2015, visa retirar o triângulo amarelo com a letra “T”, símbolo da existência de organismos geneticamente modificados (OGMs).
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Segundo relator da CMA, o senador Cidinho Santos (PR-MT), não haveria danos para a população: “A despeito dos alimentos transgênicos serem uma realidade há mais de 15 anos no mundo, ainda não há registros de que sua ingestão cause danos diretos à saúde humana. Não existe um registro sequer”. Cidinho propõe que só alimentos com taxas de concentração de OGMs acima de 1% mantenham a rotulagem de alerta.
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Transgênicos são organismos geneticamente modificados. São produtos de cruzamentos genéticos que jamais aconteceriam na natureza. Por serem organismos vivos que são liberados no meio ambiente, eles podem cruzar com outras espécies e expor a nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou alteração do patrimônio genético de plantas e sementes.
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Desde o início do debate, a Abrasco se manifestou pedindo que “os senhores senadores não deixem que esse atentado à saúde dos brasileiros se consuma”. Além disso, segundo o Greenpeace Brasil, mais de 100 organizações da sociedade civil também assinam documento contra o fim da rotulagem de transgênicos nos alimentos.
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A pesquisadora Letícia Cardoso, do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde da Ensp/Fiocruz, concedeu entrevista ao Informe Ensp sobre os impactos da retirada do símbolo “T” nos alimentos, produtos com ingredientes ou que são compostos por sementes transgênicas. Ela, que atua no campo da Epidemiologia Nutricional, especificamente em temas como a magnitude de agravos nutricionais em populações, consumo e práticas alimentares e doenças crônicas, analisa a decisão da CMA e suas consequências na saúde e no ambiente. 

Confira ----->
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'Agrotóxico é veneno. É sintetizado para pragas, mas pode matar humanos'' | Fiocruz divulga nota técnica contra projeto que flexibiliza regulação de agrotóxicos


Por: Danielle Monteiro/ Agência Fiocruz de Notícias
O uso de agrotóxicos é atualmente um dos mais importantes fatores de risco para a saúde da população e o meio ambiente no Brasil. O país é atualmente o maior consumidor mundial desses produtos. De acordo com dados da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), apesar de o Brasil não ser o maior produtor agrícola do mundo, o crescimento nacional do consumo de agrotóxicos chegou a quase 200% entre 2000 e 2009. As empresas produtoras de agroquímicos no país duplicaram desde 2008 e, nos últimos anos, o crescimento da importação dessas substâncias foi de quase 400%. O consumo de agrotóxicos é resultado da adoção de um modelo de agricultura chamado agronegócio, que é dependente do uso de venenos. Para falar sobre o assunto, a Agência Fiocruz de Notícias entrevistou o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Luiz Claudio Meirelles.
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O Brasil é atualmente o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Por que o uso dessas substâncias ocorre tão intensamente no país, se ele não é campeão mundial de produção agrícola?.
Luiz Claudio Meirelles: O Brasil trabalha com monocultura extensiva que demanda muita utilização de agrotóxicos. Entretanto, sabemos que, mesmo com essa produção de monocultura extensiva de grão, é possível que o uso pudesse ser bem menor do que está implementado hoje. E existe uma estratégia bastante agressiva das empresas que atuam no Brasil para a venda desses produtos. A entrada dos transgênicos, da maneira como ocorreu, também aumentou o uso de alguns herbicidas que, anteriormente, tinham uso mais restrito nos períodos de plantio. Esses fatores são razões que fazem com que se use mais agrotóxico no Brasil do que em outros países, que têm um trabalho de manejo e de controle de pragas que comporta outros mecanismos de utilização de produtos. Atualmente o agronegócio é um financiamento brutal. Eles recebem muitos recursos para produzir da maneira convencional.
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Ainda utilizamos agrotóxicos que já foram proibidos em outros países como Estados Unidos, Canadá e países europeus?.
Meirelles: Sim. Na China, por exemplo, alguns desses produtos já foram proibidos e aqui ainda seguimos em uso. Antes de 2000, muitos agrotóxicos perigosos à saúde foram inseridos no mercado, e estão nele até hoje, precisando ser revisados. Esse procedimento não é fácil de executar, pois, muitas vezes, as empresas pressionam, através da pressão política ou de ações judiciais. É um processo muito longo, que pode levar anos. Desde 2008, durante meu período na Anvisa, estávamos reavaliando produtos antigos, colocando 14 deles em reavaliação. Metade foi concluído. Pedimos para retirar, por exemplo, os produtos paration metílico e forato do mercado. Os dois foram avaliados como neurotóxicos pela Fiocruz, implicando em grande risco à saúde humana. Mas, no entanto, continuam no mercado até hoje; e nada foi feito em relação a isso. Essa questão é importante e não pode ser negligenciada.
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A União Europeia, os EUA, Japão e Austrália têm um sistema de avaliação que tem se antecipado a essas questões do risco toxicológico dessas substâncias, que foram proibidas. No Brasil, buscamos pautar, até mesmo porque a lei trata disso, quando existem alertas internacionais, e colocar esses produtos em reavaliação. O mecanismo de retirada de um agrotóxico do mercado brasileiro é somente pela reavaliação, pois não existe prazo de registro de uma substância. Uma vez que a empresa o consegue, ele é para sempre. A única maneira legal de se fazer a retirada desse produto do mercado é através de uma reavaliação toxicológica.
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O que poderia ser feito em termos de políticas públicas para a redução do uso e consumo de agrotóxicos?.
Meirelles: É preciso aprimorar, cada vez mais, os mecanismos de controle e de avaliação dessas substâncias, sendo necessário o fortalecimento de todo o procedimento de avaliação toxicológica do país, e que se aumentem as medidas de segurança e de proteção ao meio ambiente. A legislação brasileira é bastante rica e suficiente e é preciso que continuemos a defendê-la. Existem, hoje, determinadas forças no Brasil que desejam que a legislação ande para trás e que os mecanismos de controle dessas substâncias sejam reduzidos.
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Do ponto de vista da agricultura, precisamos fortalecer as ações que mitigam o uso de agrotóxicos, como a implementação da agroecologia de maneira geral. Precisamos fortalecer as políticas de agroecologia, financiar os projetos nessa área. No caso da agricultura orgânica, é preciso dar financiamento, permitir mais recursos, ampliar a extensão rural com técnicos capacitados a orientar a produção sem a utilização de agrotóxicos. Por outro lado, é preciso conhecer melhor o que já existe de contaminação e o que pode estar ocorrendo em relação aos produtos que têm sido utilizados. O manejo das pragas novas no Brasil também pode diminuir em muito o uso de agrotóxicos.
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Agrotóxico é veneno. Ele é sintetizado para matar pragas e pode matar seres humanos, além de contaminar o meio ambiente e provocar a morte de animais silvestres e domésticos. O primeiro aspecto a considerar é que as questões de saúde e ambiente têm de ser privilegiadas nessa discussão. No Brasil, se o setor de saúde perder a capacidade de avaliar esses tipos de produtos, será um retrocesso brutal. Não estou falando em pesquisa, mas sim em serviços de monitoramento, que deem conta do conhecimento sobre os níveis de contaminação em todo o país.
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Por que o Brasil ainda hesita em adotar o modelo de base agroecológica? Ele não poderia ser também produtivo para o país?.
Meirelles: No Brasil, existe um modelo agrícola que expulsa o homem da terra. O agricultor vai trabalhar em determinada área sem a menor condição de produzir. Ele não tem quem o ensine, nem equipamentos, que são muito caros, nem sementes variadas. Por isso, ele acaba saindo do campo e vindo para a cidade. E mesmo em áreas onde havia um modelo mais equilibrado, ao estilo guatemalteco, vimos que ele se perdeu, pois foi substituído pelo agronegócio, que acaba comprando as terras dessas pessoas a preço de banana. Nosso modelo é excludente, concentrador de renda, de terras e dá lucro para quem é dono disso tudo e prejuízo para a sociedade em geral. Mexer nesse modelo exige coragem, determinação política e uma determinação maior da sociedade brasileira para que isso aconteça.
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Quais são as lavouras que mais fazem uso de agrotóxicos no Brasil?.
Meirelles: As grandes monoculturas, como soja, café, algodão, cana. No entanto, isso está sendo incentivado nas pequenas e médias culturas também, como morango, pimentão, mate, que consumimos in natura. Eles têm muito resíduo de agrotóxico.
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A semente do algodão é usada para a fabricação de ração. Atualmente a incidência de câncer entre animais, principalmente gatos e cachorros, também tem crescido muito. É possível que esse crescimento esteja associado à ingestão de ração com agrotóxicos?
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Meirelles: Sim, há possibilidade de que isso esteja associado ao uso de agrotóxicos na ração e também até de outros aditivos.
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Além de câncer, que outras doenças o consumo de agrotóxicos pode causar?.
Meirelles: As principais, além de câncer, são má formação, doenças neurológicas, problemas hormonais que causam outros desequilíbrios como câncer, e esterilidade.
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Como se deve fazer a lavagem das frutas e legumes para a retirada de parte dos agrotóxicos?.
Meirelles: Deve-se retirar a casca e lavar os alimentos com abundância. Vinagre e hipoclorito não retiram essas substâncias do alimento, somente matam os microrganismos. Outra solução é tentar consumir frutas da época, conhecer sua procedência e, se possível, consumir produtos orgânicos. Além disso, antes de tudo, a população deve seguir cobrando dos governos municipal, estadual e federal a retirada dos agrotóxicos perigosos à saúde do mercado.
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Serviço:.
Além de fazer a lavagem das frutas, e legumes, o consumidor pode consultar os dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. No site é possível se informar sobre quais alimentos deve evitar.

ATUALIZANDO:.
15/05/2018
Fiocruz divulga nota técnica contra projeto que flexibiliza regulação de agrotóxicos
Fonte: CCS/Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulga Nota Técnica com seu posicionamento contra o Projeto de Lei 6299/2002, que propõe modificações no sistema de regulação de agrotóxicos, seus componentes e afins no Brasil. O documento da Fiocruz visa subsidiar a audiência sobre o PL com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prevista para ocorrer nesta terça-feira (15/5).
.A nota apresenta 25 páginas de abordagens conceituais, de processos e de conhecimento científico nas quais a Fundação se coloca contra o PL e a favor da vida. "O PL representa em seu conjunto uma série de medidas que buscam flexibilizar e reduzir custos para o setor produtivo, negligenciando os impactos para a saúde e para o meio ambiente."

9 de maio de 2018

Redescobrindo e despoluindo os Rios da NOSSA CIDADE

Publicando 09 DE MAIO DE 2018- Atualizado hoje dia da água


Ao abrir esse vídeo se não houver som, clique Alto-Falante:



Redescobrindo e despoluindo o rio perto da sua casa. Projeto de Educação Ambiental financiado pelo Fehidro

O Riacho Monte Alegre é sem dúvida o mais ameaçado da nossa cidade, O Bairro Monte Alegre já ameaça sufocar suas nascentes e com a criação de novos bairros nas suas margens é preciso estudar antes a acessibilidade e o saneamento básico desses novos empreendimentos. Para que no futuro não venham alegar como hoje a tentativa de abrir a Avenida do Ipê para facilitar o acesso a aquele bairro.
Por que não fizeram esse estudo de acessibilidade antes do empreendimento?
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Gostaria de cumprimentar a REVISTA OPINIÃO n. 051-Fevereiro, pela importante reportagem: "NASCIMENTO, AGONIA E MORTE DO RIACHO EMBIRA".
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Foi um ALERTA sobre algo imprescindível quanto ao risco da poluição e desaparecimento do elemento mais importante da NATUREZA: Nossa água de cada dia.   

Universidade da Água 








Natureza Viva.  Águas ...depois do AR que respiramos, a Água é o elemento mais importante da Vida! Procurei acompanhar em cada frase o sentimento do autor, e em cada quadro combinei a minha emoção numa imagem expressiva.
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Agradeço à Guilherme Arantes pela Obra de Arte Ecológica que é esta canção! Dedico à todas as pessoas que amam sua Terra Planeta Água Viva! 

Canal YouTube:




PARTE DA HISTÓRIA DO RIACHO MONTE ALEGRE EM FOTOS DE VÁRIOS ANOS

Foto Rivaldo R.Ribeiro (arquivo)

O Riacho Monte Alegre em José Bonifácio-SP a cada ano fica mais poluído, assoreado e sem vida.
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As pessoas mais observadoras com certeza tem notado isso.

AMEAÇA
Os loteamentos residenciais próximos aos rios e riachos devem ser criteriosos quanto ao projeto de SANEAMENTO BÁSICO, citando o ditado popular:porque o "feitiço pode virar contra o feiticeiro". 
Um projeto mal feito nesse sentido pode levar esses riachos a se tornarem poluídos e assoreados, pois onde antes a natureza  era bonita de se ver poderá se transformar em algo morto sem beleza, desagradável aos olhos e aos narizes que terá que suportar e mau cheiro dos esgotos, materiais em decomposição e tóxicos quase sempre prejudicial a saúde dessa população. .          

Clique nos links abaixo e vejam fotos do RIACHO MONTE ALEGRE:


Riacho Monte Alegre ano 2018
Riacho Monte Alegre ano 2016
Riacho Monte Alegre ano 2014 
Riacho Monte Alegre ano 2012
Riacho Monte Alegre ano 2011

OBS. As fotos serão atualizadas conforme andamento das obras de recuperação desse riacho.