"Os bons ideais aproximam as pessoas que olham o mundo não apenas para si, mas para todos"Rivaldo R. Ribeiro

RINDAT: Descargas Atmosféricas

13 de junho de 2013

Montanhas Sobre Trilhos-Águas da Prata - SP


Movimento Xo Mineradoras de Águas da Prata - SP

"CADA TREM, QUE PARECE TER COMEÇO MAS NÃO PARECE TER FIM, LEVA UMA MINA D'ÁGUA, O CHÃO ONDE VIVIA UM JEQUITIBÁ, UMA AROEIRA, UMA ONÇA PARDA, UM COLIBRI, UM BEM-TE-VI, UMA SAMAMBAIA GIGANTE.... CADA VAGÃO LEVA UM PEDAÇO DE NOS MESMOS, UM PEDAÇO QUE NÃO VOLTA JAMAIS... "
(Zé Jabur Jabur).



Montanhas Sobre Trilhos. Trabalho de apoio à população de Águas da Prata na mobilização contra a extração de bauxita em seu município. Texto e trilha sonora por José Fernando Entratice.

Produção de Silvia Ferrante, Gravação e Edição de Julio Lima.


Defensora da Paineira amarrada a ela para não ser cortada!!!

Em Juiz de Fora - MG. Rua Catulo Cearense, bairro Centenário.
Por determinação do promotor do Meio Ambiente, com parecer favorável da Agenda Jf e dos Bombeiros, por implicância de certos vizinhos que construíram sob ela. Uma árvore centenária, que deu nome ao bairro Centenário, localizada dentro de uma Reserva Particular (RPPN), a menos de 50 metros de uma nascente. Sem direito à vida plena, sem direito a um laudo verdadeiramente técnico, condenada por ser grande, por ser árvore, por cumprir sua função na natureza...



FONTE: 
Gonçalo de Carvalho 

Benefícios das árvores





FONTE: Salve o Planeta...

5 de junho de 2013

Mensagem do MoGDeMA - Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente:

5 DE JUNHO: SALVE O DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE!


Esse dia foi criado no ano de 1972 em um encontro promovido pela ONU a fim de tratar de assuntos ambientais. De lá para cá, tudo tem piorado, haja vista as consequências da irresponsável relação que o sistema econômico, político e social, capitalista, tem mantido com os bens naturais.
A lógica reinante do mega-capital e de seus governos é que os recursos naturais são “infinitos”, cabendo a alguns se apropriarem ilimitadamente destes, gerando lucro para uma minoria.
Esta dinâmica de produção e consumo exacerbado tem levado o Planeta à degradação, provocando com maior evidência o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Em nosso país, o governo apregoa uma suposta economia pujante à custa de dinheiro público para financiar mega-barragens em rios, expulsando seus habitantes de suas terras.
Áreas agricultáveis são ocupadas por milhões de eucaliptos de onde será extraída a celulose para exportação.
Outras monoculturas, como a soja, são dominadas por tecnologias transgênicas com intenso uso de agrotóxicos, com consequências trágicas para a saúde humana.
As monoculturas dominam dezenas de milhões de hectares de terras em nosso país, chegando a ameaçar biomas inteiros como o Pampa, o Cerrado e a Amazônia, ameaçando liquidar com o restante da Mata Atlântica.
Em áreas urbanas por onde passam os projetos de megaeventos da Copa a população pobre é expulsa de suas residências, sendo as áreas arborizadas dizimadas para dar lugar a condomínios de luxo e mais estradas para o transporte individual.
Cabe à sociedade mobilizar-se para garantir seus DIREITOS e defender o Meio Ambiente, apontando para um outro paradigma, de respeito à vida a despeito da lógica empresarial e governamental, reinante, que preza a acumulação.

Fonte:FaceBook Gonçalo de Carvalho

2 de junho de 2013

Mother who took on Monsanto, wins global prize

Tiremos o chapéu para essa mãe de três filhos que se cansou e assumiu o comando. Treze anos atrás, recém-nascido de Sofia Gatica morreu de insuficiência renal após a exposição a pesticidas no útero. Após o desespero veio a raiva, em seguida, uma determinação feroz para proteger as crianças em sua comunidade e fora dela. (Tempo: 03:32)

Hoje, ela é um dos seis líderes de base de todo o mundo que receberam o Prêmio Goldman de Meio Ambiente, em reconhecimento à sua coragem - e bem sucedida - esforços.

Nós, da Rede de Ação em Pesticidas estão profundamente honrados em sediar Sofía como ela viaja para San Francisco para a cerimônia e festa de hoje à noite. E, pessoalmente, estou ansioso para conhecer a mãe com a malandragem para assumir Monsanto para proteger seus filhos.



Pesticidas deriva de campos de soja transgênicasSofia vive em Ituzaingó Anexo, um bairro de classe operária de 6000 na fronteira com fazendas de soja comerciais na província de Córdoba, na Argentina.

Argentina é o terceiro maior exportador de soja do mundo. É também o terceiro maior produtor de soja geneticamente modificadas (GM) em todo o mundo, seguindo de perto os EUA e vizinho Brasil. A explosão da produção de soja na Argentina GE trouxe consigo um aumento dramático no uso de agrotóxicos e, especificamente, a pulverização aérea de herbicidas da Monsanto, o Roundup. Pulverização do inseticida endosulfan antiquada também era comum até este ano. Seu uso é proibido agora na Argentina, uma vez que se move em direção a eliminação global sob o tratado de Estocolmo.

Roundup, muito elogiado pela Monsanto como todos, mas inofensivo, foi recentemente ligado ao aumento do risco de defeitos congênitos quando as mães estão expostas durante a gravidez. Endosulfan também tem sido associada a danos para a saúde em crianças, incluindo defeitos congênitos, problemas reprodutivos e autismo.

Mães locais assumir o comando
Aqui é onde a história de Sofía se torna verdadeiramente inspirador.

Depois ela perdeu o recém-nascido, ela percebeu que essas perdas eram muito comuns em sua pequena comunidade. Baseando-se poderosa história dos movimentos liderados por mães da Argentina, Sofía trabalhou com outras mães interessadas a ir de porta em porta recolhendo histórias sobre problemas de saúde em cada família - essencialmente a realização de estudo epidemiológico primeira vez da comunidade.

Apesar de poucos recursos e ameaças muito reais, Sofía liderou as Mães de Ituzaingó a vitória concreta.

"As Mães de Ituzaingó" descoberto taxa de câncer da comunidade a ser 41 vezes a média nacional. Preços de problemas neurológicos, doenças respiratórias e mortalidade infantil também foram surpreendentemente alta.

O grupo então lançou um "Pare a pulverização!" campanha, levando as manifestações e materiais editoriais alertando a comunidade sobre os perigos dos pesticidas.

Seus esforços deram frutos. Em 2008, o presidente da Argentina ordenou uma investigação dos impactos sobre a saúde de pesticidas em Ituzaingó Anexo, o estudo oficial resultante corroborada sua pesquisa porta-a-porta informal. Sofía e as Mães de Ituzaingó, em seguida, ganhou uma "zona tampão" decreto municipal, proibindo a pulverização aérea a menos de 2.500 metros de suas casas.

Honrando liderança e coragemTodos os anos, desde 1989, o Prêmio Goldman honrou líderes de base em todo o mundo, heróis desconhecidos que lutam pela justiça ambiental e sustentabilidade em suas comunidades locais. Este reconhecimento mundial do trabalho de Sofia não poderia ser mais merecido.

Apesar de poucos recursos e muito reais ameaças, incluindo a ser realizada com uma arma em sua própria casa - Sófia levou as Mães de Ituzaingó a vitória concreta: a proteção on-the-ground para as crianças em sua comunidade. O grupo também levantou o perfil da questão mais ampla dos danos para a saúde de pesticidas a nível nacional, abrindo espaço para um impulso para abordagens mais seguros e sustentáveis ​​para a agricultura.

Sofia está agora a trabalhar com as mães em outras comunidades da Argentina, procurando maneiras de expandir as proteções para as famílias em todo o país. Nós, da PAN saudar seu empenho, dedicação e criatividade, e felicitá-la para o reconhecimento internacional merecido do Prêmio Goldman de hoje.

Por Kristin Schafer, momsrising.org, 17 de abril de 2012

Sobre o autorKristin Schafer é Estrategista Sênior de Política com Pesticide Action Network, com sede em San Francisco. Ela já trabalhou em pesticidas, substâncias tóxicas e questões de agricultura sustentável nos últimos 20 anos, incluindo dois anos no Quênia. Ela gosta de jardim, brincar na praia e andar de bicicleta de estrada. Ela mora em San Jose com seu marido e dois filhos.

http://www.gmwatch.org/gm-videosb/26-gm-in-latin-america/13891-mother-who-took-on-monsanto-wins-global-prize

 

1 de junho de 2013

Biocombustível, o equívoco suicida, artigo de Maurício Gomide Martins.

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 Resultado na atmosfera depois das queimadas, isso é combustível limpo?
OBS.Fotos datada 04/2013- Rivaldo R.Ribeiro, anexada a esse artigo para ilustrar o tema.

Nossos assuntos em defesa do meio ambiente geralmente versam sobre a Terra, o todo, o planeta. Hoje, o foco de nossa conversa vai ser a terra, fração daquela mesma Terra, substância que em grande parte cobre a superfície dos continentes. É muito comum e conhecida de quase todos. Talvez por isso não se lhe dão a importante atenção que merece. Merece porque é o sustentáculo do habitat, no qual reina direta ou indiretamente, de toda a vida que conhecemos.

Partimos do princípio de que não existe milagre. Tudo que existe é efeito de alguma causa. Pois bem, façamos um exercício mental. Imaginemos que em um terreno de 1m² plantamos um grão de milho. Após, ocorrem alguns fatos notáveis, verdadeiros milagres da Natureza. A planta ali nascida suga do solo parte dos elementos químicos de que necessita para manter a vida. Do ar, retira outros que, em combinação com a energia solar, lhe dão condições de transformá-los em tecido ou estrutura preparatória para a reprodução, objetivo de sua existência. Produzidas suas espigas, são elas arrancadas e comidas por um homem, sobrando naturalmente toda a estrutura esquelética.

O normal seria esse cadáver vegetal ser mantido no local e, após, revertido aos elementos químico primários pela ação dos agentes microbianos, o que devolveria ao solo grande parte do que foi dali retirado. Mas, usualmente, em função dos interesses econômicos, ele é queimado, ou usado como ração de bovinos, ou tem outra destinação imprópria, o que é compreensível sob a concepção das estratégias econômicas, pois “tempo é dinheiro” e o local tem que ficar limpo para novo plantio.

Situação daquele terreno: ficou desfalcado em sais minerais correspondentes a um pé de milho, compreendida toda a sua estrutura e o produto final, as sementes – seus filhos. Nosso homem da labuta rural conhece bem esse fenômeno, mas apenas na sua conseqüência, quando diz: “esse terreno está cansado”, que traduzimos para “esse terreno está esgotado, desfalcado de elementos básicos, pobre, deficiente, imprestável, causado pela atividade agrícola intensiva, ambiciosa, desordenada e inconseqüente”.

De outro lado, o homem que se alimentou das espigas absorveu parte dos elementos de que tratamos e mandou para o esgoto o restante. Essa borra final foi levada pelos rios para a foz, onde se acumulou no leito subaquático. Resumo da história: com suas ações, o homem retira uma parte dos elementos químicos da terra e a acumula no oceano. Isso se chama transformar uma estrutura produtiva em outra estéril.

Esse é um exemplo de apenas um pé de milho. Imagine-se a realidade, que se assenta em cultivo de bilhões de plantas alimentícias temporárias. No conjunto, com muita gente, chuva em terra nua e máquinas como personagens, transformamos grande quantidade de elementos químicos, contidos na terra, em alimentos orgânicos. Eles nos são úteis porque nos mantêm vivos, mas que afinal são parte poluidora do ar e parte descartada no mar, num processo de irracional desperdício da matéria prima posta à nossa disposição pela Natureza. Esses elementos da terra são vida, sustentam a humanidade; não são energia para locomoção, finalidade contrária aos planos naturais.

O que é terra? É a rocha decomposta. Um conjunto de rochas leva aproximadamente 200 anos para se transformar, por desgaste, em uma camada de apenas 10 cm de terra. É um processo lento face à rapidez com que é convertida e esbanjada pela cobiça do sistema econômico.

Transformar os recursos naturais da terra em alimento tem a sua justificativa, não obstante a agricultura moderna empregar ações imediatistas inteiramente irracionais. Mas transformar alimento em combustível (energia locomotora) é o paroxismo da irracionalidade. Àqueles que seguem os ensinamentos religiosos, esses objetivos se constituem em verdadeiro pecado. Deixa Deus saber disso!

Enquanto temos, segundo as últimas estatísticas, 1,5 milhões de pessoas passando fome, estamos preocupados com o deslocamento desnecessário de bens e pessoas, isto é, com o conforto que fermenta o individualismo e gera lucro ao sistema econômico.

Alega-se que o petróleo é esgotável e o biocombustível, não. Como procuramos arrazoar acima, o simples cultivo de plantas alimentícias já é, em si, sumamente esgotável; agora para a produção de biocombustível o é mais ainda. E muito mais destrutível, pois pede áreas imensas de terra para cultivo, provocando rápido esgotamento e maior desnudamento desses espaços. Tudo em nome dos objetivos do ganha-ganha do sistema econômico da atual civilização.

Pois que se esgotem os recursos petrolíferos que são subterrâneos e desnecessários à vida, mas se preservem os recursos naturais dos seres vivos, postos em função da necessidade básica de sobrevivência. Todos os povos primitivos cultuavam a terra como a uma deusa, reconhecendo-a como a doadora de vida. Que profunda sabedoria! Nós, os homens modernos inteligentes e donos das verdades, a tratamos com desprezo e degradação, deixando-a sem a pele protetora (desmate), com chagas deformantes (mineração) e esterilidade irreversível (desertificação). É o mesmo que desprezar a vida na sua expressão universal.

Nesse quadro de loucuras e desgoverno do planeta, enxergamos o momento em que teremos motoristas sentindo imensa fome, mas alegres e satisfeitos por estarem dirigindo em alta velocidade – rumo ao suicídio – um último modelo de automóvel movido pelo que lhe falta no estômago.

Maurício Gomide Martins, 82 anos, ambientalista e articulista do EcoDebate, residente em Belo Horizonte(MG), depois de aposentado como auditor do Banco do Brasil, já escreveu três livros. Um de crônicas chamado “Crônicas Ezkizitaz”, onde perfila questões diversas sob uma óptica filosófica. O outro, intitulado “Nas Pegadas da Vida”, é um ensaio que constrói uma conjectura sobre a identidade da Vida. E o último, chamado “Agora ou Nunca Mais”, sob o gênero “romance de tese”, onde aborda a questão ambiental sob uma visão extremamente real e indica o único caminho a seguir para a salvação da humanidade.


Fonte:EcoDebate,publicando em 25/05/2010, mas nunca deixa de ser atual.


Composição inversa nos rios.

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                  Riacho Cerradão-José Bonifácio-Foto Arquivo Rivaldo R.Ribeiro

A vida nos rios se origina nas matérias orgânicas decompostas nas suas matas ciliares e também da sua bacia hidrográfica, substancias estas que são levadas naturalmente pelas chuvas para seus leitos.

Regiões que antes eram compostas na grande maioria pelas matas nativas, cerrados, atualmente com o desenvolvimento foram substituídas pelas pastagens, pela monoculturas da cana de açúcar, soja,as queimadas agrículas que destrói o humo do solo, a impermeabilização das cidades que contribuiem com enchentes a arrastam o lixo urbano para os leitos desses mananciais.

Dessa forma onde antes as águas dos rios eram alimentadas por materiais orgânicos naturais em decomposição, agora alem da falta dessa fonte natural para a vida nos rios, as suas águas estão sendo poluídas pelos agrotóxicos, esgotos das cidades, lixo domiciliar, enfim os restos das atividades humanas.

Estamos invertendo as substancias essenciais para que haja vida nos rios: substituindo a decomposição orgânica natural produzida nos ciclos da natureza por nossos lixos e venenos de várias origens, é como se estivéssemos trocando o sangue do nosso corpo por um liquido tóxico e estranho ao nosso organismo. O que aconteceria com nossos órgãos? Nosso corpo? Sem duvida alguma: a morte.

Assim poderemos afirmar que estão levando nossos rios a uma inversão no seu metabolismo, trocando o seu “sangue” bom para um simples liquido morto e sem condições de gerar qualquer tipo de vida, porque em tudo que existe vida depende do oxigênio e nossos rios estão sendo sufocados: em primeiro lugar por falta da matéria orgânica e em segundo pela poluição desastrosa da ação humana.

Na sociedade atual dependemos de quase tudo que destrói a natureza que é finita, e disso ninguém quer abrir mão, até o momento crucial quando ocorrer o esgotamento das fontes naturais para a nossa sobrevivência. Isso realmente é o grande desafio e dilema do homem moderno...

Por: Rivaldo R.Ribeiro-José Bonifácio-SP