"Os bons ideais aproximam as pessoas que olham o mundo não apenas para si, mas para todos"Rivaldo R. Ribeiro

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13 de novembro de 2024

O que é o Acordo de Escazú?

 


O Acordo de Escazú é destinado a proteger a biodiversidade e defensores do meio ambiente na América Latina e no Caribe. O acordo:
  • Garante o acesso à informação sobre o meio ambiente
  • Assegura a participação pública na tomada de decisões ambientais
  • Facilita o acesso à justiça para proteger o direito a um meio ambiente saudável
  • Ajuda a proteger defensoras e defensores do meio ambiente e a investigar e punir atos de violência contra eles
15 países ratificaram o Acordo de Escazú. Mas 18 ainda não ratificaram, entre eles o Brasil. Todos os países da América Latina e do Caribe deveriam ratificar o Acordo de Escazú agora. Algumas das imagens deste vídeo, incluindo as paisagens, foram geradas por AI.

Atenção.
O acordo foi assinado em 2018 por 24 países e entrou em vigor em abril de 2021. O Brasil assinou o documento, mas ainda não o ratificou. Em maio de 2023, o governo federal enviou o acordo ao Congresso Nacional para aprovação.

O Acordo de Escazú é fundamental para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pelas Nações Unidas.


12 de setembro de 2024

BR-163: Progresso para quem?

 



Este documentário mostra a agressiva expansão agropecuária ao longo da BR-163, no norte do Brasil.
'BR-163: progresso para quem?'
Expõe o desmatamento desenfreado e destaca os graves impactos dessa prática sobre a vida selvagem, as comunidades locais e o clima da região.
Com relatos da brigada do ICMBio, representantes de comunidades tradicionais e clínicas que resgatam e reabilitam a fauna silvestre, este material revela pra quem, de fato, é o progresso da BR-163. Ficha técnica País de Origem: Brasil Gênero: Documentário Tempo de Duração: 15 minutos Ano de Lançamento: 2024 Realização e produção: Proteção Animal Mundial Direção, design e animações:
Estúdio Bijari (Alexandre Marcati, Dani Violin, Débora Pistore, Geandre Tomazoni, Marcela Návia) Roteiro, edição e cores: Danilo do Valle Trilha original e mixagem: Xuxa Levy Narração: Mahmundi Fotografia: Fernanda Ligabue Ilustrações: Dani Violin Tradução Kayapó: Bepdjyre Txucarramae Expedição de Campo: Júlia Trevisan, Melissa Menezes, Cladimir Gabriel Bruxel e Caio Vilela. Entrevistados: Abiri Kayapó, Doto Takak-Ire, Edeilton Pereira, Ivete Bastos, Jailson dos Santos, Mirianne Coelho, Lilian Caldeira, Gustavo Canale, Ralph Pedroso e Roseana Oliveira. Locais filmados: Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Colíder, Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, Terra Indígena Menkragnoti, Castelo dos Sonhos, Novo Progresso, Parque Nacional do Jamanxim, Alter do Chão, Floresta Nacional do Tapajós e Santarém. Agradecimentos: Abiri Kayapó, Doto Kayapó, Edeilton Pereira, Ivete Bastos, Jailson dos Santos, Mirianne Coelho, Mahmundi, Lilian Caldeira, Gustavo Canale, Ralph Pedroso, Roseana Oliveira, Karine Camargo, Cassuça Benevides, Bepkukwyryti Kayapó, Bepdjyre Txucarramae, Melissa Menezes, Cladimir Gabriel Bruxel, Caio Vilela, Júlia Trevisan Instituto Kabu, Instituto Ecótono, Organização Amibem, Centro de Triagem de Animais Silvestres de Lucas do Rio Verde, Aukimia Clínica Veterinária, José Risonei Assis da Silva, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Artur Izabela, Renata Nitta, Rodrigo Gerhardt, Elcio Figueiredo, Carla Oliveira, Filipe Peduzzi, Juliana Modaneze, Aline Santos, Renata Pontes, Lisa Gunn, Telma Gaspar, Alexandre Marcati, Dani Violin, Débora Pistore, Geandre Tomazoni, Marcela Návia, Marcelo Macedo e Olavo Ekman.



21 de fevereiro de 2012

O fim da floresta representa o desaparecimento das espécies, com consequências devastadoras

Bosque de José Bonifácio-SP. Clique sobre a foto para ampliar.
                      Foto: árvore morta.

Valor da biodiversidade – O desaparecimento da floresta é também o desaparecimento das espécies. Isso tem consequências devastadoras – inclusive para a economia.

A borboleta Rainha Alexandra, da Nova Guiné, é a maior do planeta

Aqui, a maior borboleta do mundo, a Rainha Alexandra, de 28 centímetros de envergadura, bate suas asas. Mais adiante, pousa uma ave-do-paraíso, que com sua plumagem colorida e exuberante é o pássaro símbolo da Nova Guiné. Na árvore seguinte, você pode encontrar um canguru-de-manto-dourado ou, no chão, um sapo “Pinóquio”. A biodiversidade da Nova Guiné é incomparável – mas está ameaçada.

Ave-do-paraíso: não apenas bela

Ainda existem florestas intocadas, por enquanto a ilha ainda é pouco povoada, mas a população de Papua Nova Guiné está crescendo. E com isso cresce também a pressão sobre a mata e sobre os animais. A floresta é desmatada para dar lugar a lavouras e plantações, para o uso da terra e para o corte seletivo de madeiras nobres. Muitas espécies animais da Nova Guiné já estão ameaçadas, por pertencerem exclusivamente a zonas muito restritas. Se o seu habitat desaparece, elas não têm para onde ir e, na pior das hipóteses, morrem.

Mais de 100 espécies por dia

Projetos com as populações indígenas, que separam as áreas de manejo das áreas de proteção permanente, ajudam a estabelecer zonas de retiro. Tais medidas são urgentemente necessárias: dois milhões de espécies da fauna e da flora estão atualmente catalogados pela ciência. Segundo estimativas da ONU, cerca de 130 espécies desaparecem por dia no mundo.

“Isso corresponde a um ritmo cem a mil vezes mais rápido do que o processo evolutivo natural”, diz Andrea Cederquist, especialista em biodiversidade da organização ambiental Greenpeace. A variedade genética da vida sobre a Terra está diminuindo. Quantas espécies desaparecem por dia na Nova Guiné, ninguém sabe dizer. E ninguém sabe também quais serão as consequências. “O aquecimento global e a perda da biodiversidade estão conectados, e isso leva a uma reação em cadeia que não podemos avaliar”, diz Cederquist.

E se elas desaparecessem?

A ciência é unânime: as repercussões do aquecimento global e da perda da biodiversidade são absolutamente imprevisíveis. Não é apenas uma questão de saber se nas montanhas da Nova Guiné há uma espécie a menos de ave-do-paraíso, mas quais são as relações vitais entre os organismos – e em que velocidade o sistema todo pode entrar em colapso pela falta de um elemento essencial ao ciclo da vida.

O pesquisador de formigas Bert Hölldobler fez uma experiência: se devido a uma epidemia as formigas morressem, haveria uma catástrofe ambiental devastadora. A maioria das florestas iria morrer. Primeiro as plantas, depois os herbívoros. A perda da biodiversidade aceleraria de forma vertiginosa, levando a um colapso de todo o ecossistema terrestre.

Com os recifes o cenário é semelhante. Se os corais morrerem por causa do aumento da temperatura da água, todo o ecossistema entra em colapso rapidamente. “Disso todo mundo sabe, mas não se toma nenhuma atitude”, diz a especialista Cederquist.

Custos gigantescos

Proteção e uso da floresta para os nativos

Talvez haja um aumento de esforços para proteger a biodiversidade quando as perdas econômicas causadas pela degradação ambiental passarem a chamar mais atenção. O montante atual já é de 2 a 4,5 bilhões de dólares por ano, como comprovou o estudo “A economia dos ecossistemas e da biodiversidade” em julho de 2010. O estudo foi feito em parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a consultora PricewaterhouseCoopers.

Comprovou-se, por exemplo, o desempenho econômico dos insetos: só com a polinização das plantas, eles têm uma contribuição de até 190 bilhões de dólares por ano na produção agrícola.

Autor: Oliver Samson (ff)

Revisão: Roselaine Wandscheer

Matéria da Agência Deutsche Welle, DW, publicada pelo EcoDebate, 14/02/2012


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12 de dezembro de 2010

Populações de borboletas caem 70% nos campos europeus como resultado da agricultura intensiva

Publicado em dezembro 10, 2010 by HC

As populações de borboletas em campos de toda a Europa estão em declínio, indicando uma perda catastrófica de prados floridos em muitos países do continente.

Dezessete espécies de borboletas encontradas amplamente na Europa, incluindo a Adonis azul e a Lulworth skipper, caíram mais de 70% nos últimos 20 anos, segundo um novo estudo da Butterfly Conservation Europe.

A diminuição drástica do número de borboletas indica uma maior perda da biodiversidade. Muitos outros insetos, como abelhas, moscas-das-flores, aranhas e traças, além de plantas e aves, também vêm desaparecendo junto com a perda das paisagens tradicionais. Reportagem em The Guardian.

A borboleta é uma das espécies com melhor monitoramento de vida selvagem na Europa. A entidade luta para que o inseto seja adotado como indicador agrícola na próxima reforma da Política de Agricultura Comum da UE (CAP, na sigla em inglês), em 2013.

Martin Warren, diretor executivo da Butterfly Conservation (Reino Unido), disse que os dados de 3 mil áreas em 15 países mostraram uma necessidade urgente de financiamento da UE para apoiar o crescimento da agricultura sustentável.

Muitos dos 4,5 milhões de fazendeiros da Romênia, por exemplo, cultivam sob métodos ecologicamente corretos, mas são pequenos demais para se enquadrarem nos pagamentos da CAP.

“Essas pessoas praticam provavalmente a agricultura mais sustentável do mundo, mas não recebem nenhuma ajuda por isso, enquanto que se eles arassem suas terras e as intensificassem, receberiam grandes aportes da UE”, afirma Warren. “Nós precisamos do financiamento da União Europeia para ajudar políticas sócio-econômicas em áreas rurais e para manter os agricultores no campo.”

Os campos europeus ricos em flores, originados por regiões de feno e pasto para o gado por séculos de ocupação humana, estão sendo abandonados, desgastados ou arados por agricultura intensiva, especialmente na Europa Oriental e regiões montanhosas.

Em áreas como as montanhas dos Picos, na Espanha, os agricultores mais tradicionais têm uma média de 80 anos. Seus prados de feno e seus negócios no comércio de leite e queijo estão sendo abandonados pelas gerações mais jovens, por não serem mais rentáveis.

Reportagem de The Guardian, em Estadão.com.br.

EcoDebate, 10/12/2010

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