Essa queimada foi vista no dia 29 de agosto de 2020 próximo ao Bairro Luiz Fachini Sobrinho(Cohab). A filmagem deu-se a partir do Bairro Veneza na cidade de José Bonifácio-SP. foi quando vi no céu uma densa nuvem e corri para a rua para confirmar se seria chuva, de posse da minha maquina digital comecei a filmar aquele horror...
Sem dúvida um crime ambiental, pois destrói a fauna, flora e polui a atmosfera de toda uma cidade onde vivem pessoas idosas, asmáticos e alérgicos, portanto também um caso de SAÚDE PÚBLICA. A fumaça densa obstruía o sol dando uma sensação de mal estar ao ver aquilo.
A cana de açúcar é altamente inflamável levando o fogo a consumir dezenas de metros em minutos, tornando quase impossível que algum animal que esteja no local fuja, entre eles o tamanduá, o tatu, a Anta, Capivaras filhotes de pássaros são uma das principais vítimas.
O estranho e a permissão do plantio de uma cultura como essa, próximo a centros urbanos, e regiões com densidade demográfica alta como a região de São José do Rio Preto-SP, que no caso das queimadas levam a muitas pessoas a adoecerem.
É certo que o clima está seco, mas qual seria o motivo na mudança no ciclo de chuvas todos os anos??? Qual o motivo da umidade do ar estar tão baixa na nossa região? Qual foram as mudanças na natureza, que mais foram notadas nesses últimos tempos na região de São José do Rio Preto? Sem dúvida os desmatamentos que deram lugar a essa monocultura e as queimadas nos canaviais.
É certo que existem queimadas no Brasil todo, o Pantanal arde em fogo apocalíptico, mas por aqui eu sempre filmei e fotografei essas queimadas a mais de 10 anos. Apelei para o Art. 225 da constituição, Principio da Precaução mas nunca surtiu algum efeito. Nem surtiria...
A desculpa sempre é a hipocrisia do fomento do emprego e a economia da região. Uma economia paliativa e uma faca de dois gumes(Poluição e desiquilíbrio de todo um sistema na natureza levando a mudança de hábitos dos animais ou até sua extinção), além da troca de culturas pela cana de açúcar, levando a alta de preço de alimentos da cesta básica do brasileiro mais pobre, ganha-se de um lado, mas perde de outro. Portanto não é totalmente positiva, isso num estado que é altamente industrializado como o Estado de São Paulo que deveria se ater a seu desenvolvimento sustentável de tecnologia e pesquisas avançada em áreas que realmente fara diferença no futuro, não com o estímulo a devastação na natureza. É tomar um caminho errado...
Mesmo porque apesar da resistência os veículos elétricos estão chegando...
QUEIMADAS EM CANAVIAIS: Imagens horrorosas e tristes, uma tragédia ambiental que nos dá um sentimento de impotência diante de tamanha barbaridade contra NATUREZA, FAUNA(Animais silvestres sendo incinerados com crueldade e covardia), FLORA,O CLIMA, A ATMOSFERA E A NOSSA SAÚDE.
O governo do Estado deve fazer com urgência um novo zoneamento agrícola, porque não é mais possível castigar milhões de pessoas dessa forma.
A nossa região( SÃO JOSÉ DO RIO PRETO,SP) tem uma das maiores densidades demográficas do Estado e isso tem que ser levado e conta evitando o cultivo de culturas poluidoras como é a CANA DE AÇUCAR.( PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO) e Art. 225 da constituição.
Fotos de uma queimada e o resultado das fuligens nos quintais das moradias
(Foto Rivaldo R.Ribeiro- Arquivo)
A fumaça, as fuligens agridem o meio ambiente e é prejudicial à saúde da população. . Agressão à saúde –
Segundo artigo do médico e professor universitário José Carlos Manço, mais de 70 produtos químicos já foram identificados na fumaça resultante das queimadas, sendo que muitos desses produtos são tóxicos ou têm ação cancerígena. De modo geral, os componentes básicos da poluição atmosférica resultante das queimadas são: Material particulado –
Mais de 90% da massa de partículas encontradas na fumaça produzida pela queima de produtos vegetais, como é o caso das queimadas nos canaviais e das queimadas urbanas, consiste de partículas finas, justamente a fração de material particulado (MP) que maior prejuízo traz à saúde. Essas partículas medem menos do que 10 micrômetros (milésima parte do milímetro), são invisíveis a olho nu, e podem ser levadas para dentro dos pulmões através do ar inalado na respiração. As partículas maiores não chegam a penetrar profundamente no aparelho respiratório, pois ficam retidas nas narinas e nas vias aéreas superiores, mas nem por isso deixam de ser prejudiciais. As partículas maiores, visíveis a olho nu, representam o “carvãozinho” que se deposita no chão e nos objetos quando ocorrem queimadas. Substâncias cancerígenas –
As partículas descritas acima contêm, além do elemento carbono (principal constituinte do carvão), um número muito elevado de substâncias químicas, que formam o grupo de Material Orgânico Particulado (MOP).
A combustão de matéria orgânica, como nas queimadas, é uma das principais fontes do MOP encontrado na atmosfera. Entre as substâncias presentes no MOP, há os compostos conhecidos pelo nome de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs), muitos deles com propriedades carcinogênicas (causadoras de câncer), como é o caso do Benzopireno, Benzofluoranteno, Benzoantraceno e Benzofenantreno. Gases tóxicos –
As queimadas lançam na atmosfera gases tóxicos tais como aldeídos (vários), dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono. Sob a ação da irradiação solar, o monóxido de carbono, na presença de óxidos de nitrogênio e outros produtos orgânicos (hidrocarbonetos), sofrem reação química formando ozônio (O3), que é um gás extremamente tóxico e irritante para as mucosas e o aparelho respiratório.