"Os bons ideais aproximam as pessoas que olham o mundo não apenas para si, mas para todos"Rivaldo R. Ribeiro

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22 de abril de 2025

A Amazônia está queimando, os recifes de coral estão desaparecendo e as calotas polares derretendo em um ritmo alarmante.

 

A Amazônia está queimando, os recifes de coral estão desaparecendo e as calotas polares derretendo em um ritmo alarmante.
Todos esses são sintomas de um cenário irreversível que pode mudar para sempre a vida no planeta.
No Dia da Terra, é preciso encarar a realidade dos pontos de não retorno globais. Se ultrapassarmos esses limites, a natureza não conseguirá mais se regenerar!
⬇️ Baixe o Relatório Planeta Vivo 2024 e descubra o que está em jogo clicando no link:

Entendendo o impacto da crise da biodiversidade



25 de março de 2025

O que causa o aquecimento global

 



Animação do Jornal do Senado explica o mecanismo que está provocando o aquecimento global, quais são os maiores responsáveis pela emissão de poluentes e o que é possível fazer para minimizar o impacto sobre as futuras gerações.

30 de novembro até 11 de dezembro de 2015, Paris sediou a 21ª Conferência do Clima, a COP 21. Líderes de todo o planeta tentarão chegar a um acordo quanto a metas de redução de emissões de gases poluentes.





31 de agosto de 2024

Precisamos reduzir quase pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030

#MudançaClimática  #AçãoClimática  #AjaAgora
#NaçõesUnidas  #ONUBrasil #ONU

Precisamos reduzir quase pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030 para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus e evitar os impactos mais perigosos e devastadores da #MudançaClimática.

Não conseguiremos cumprir essa meta sem restaurar os ecossistemas e seus estoques de carbono.

A restauração de florestas e manguezais pode responder por mais de um terço da mitigação dos gases de efeito estufa que será necessária até 2030.

A ambiciosa restauração dos ecossistemas e a descarbonização da economia precisam andar de mãos dadas.

A Década das Nações Unidas da Restauração dos Ecossistemas (2021-2030) estabeleceu uma meta ambiciosa: restaurar 40% das terras do planeta até 2030.

Faça parte da #GeraçãoRestauração e comece um movimento de restauração na sua vizinhança, com seus familiares, amizades, vizinhas e vizinhos.

Confira o manual do @unep_pt para restauração de 8 tipos de ecossistemas degradados pela ação humana, dos espaços urbanos aos ecossistemas costeiros.
Acesse o link nas Stories e na descrição do perfil da @onubrasil.

Siga @unep_pt nas redes!

: Imagens antes e depois mostrando os efeitos da restauração de um ecossistema na Tanzânia apoiado pela Década das Nações Unidas. 
Com a escavação de barreiras para água de chuva, o nível de água no solo foi restaurado e permitiu a regeneração de árvores e grama, de 2018 a 2021.



15 de novembro de 2023

Número de dias com ondas de calor passou de 7 para 52 em 30 anos

Fonte: Inpe Anomalia WSDI (onda de calor) é um dos indicadores de extremos climáticos observados nos últimos 60 anos. 
No período referência, entre 1961 e 1990, o número de dias com ondas de calor (WSDI) era de sete e ampliou para 52 dias no período entre 2011 e 2020 

Dados fazem parte do estudo do Inpe que analisou dados climáticos dos últimos 60 anos, a pedido do MCTI

Como o clima está mudando no Brasil? 
Para responder a essa pergunta, os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) avaliaram os dados sobre as mudanças do clima observadas no Brasil nos últimos 60 anos. 
O estudo permite reconhecer as tendências nas séries de precipitação, temperatura máxima e mais três índices derivados que são considerados extremos climáticos: dias consecutivos secos (CDD), precipitação máxima em 5 dias (RX5day) e ondas de calor (WSDI).

O estudo foi realizado a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para subsidiar as discussões para a atualização do Plano Clima - Adaptação. 
De acordo com os especialistas, conhecer as mudanças climáticas é fundamental para caracterizar a ameaça e, por consequência, analisar os possíveis impactos, vulnerabilidades e adaptação. 
Os dados corroboram com o exercício executado para a Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima.

Os cálculos foram efetuados para todo o território brasileiro e consideraram o período de 1961 a 2020.
Os especialistas estabeleceram 1961 a 1990 como período de referência, e efetuaram análises segmentadas sobre o que aconteceu com o clima para três períodos: 1991-2000, 2001-2010 e 2011-2020.

Entre 1991 e 2000, as anomalias positivas de temperatura máxima não passavam de cerca de 1,5°C. 
Porém, atingiram 3°C em alguns locais para o período de 2011 a 2020, especialmente na região Nordeste e proximidades. 
No período de referência, a média de temperatura máxima no Nordeste era de 30,7°C e sobe, gradualmente, para 
31,2°C em 1991-2000, 
31,6°C em 2001-2010 e 
32,2°C em 2011-2020.

As anomalias de precipitação acumulada também são observadas nos três períodos avaliados, contudo destacam-se duas regiões contrastantes entre 2011 e 2020. 
Enquanto houve queda na taxa média de precipitação, com variações entre –10% e –40% do Nordeste até o Sudeste e na região central do Brasil, foi observado aumento entre 10% e 30% na área que abrange os estados da região Sul e parte dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Extremos climáticos

O aumento e a redução nos índices de precipitação repercutem na ocorrência de extremos climáticos que são estabelecidos por dois indicadores: dias consecutivos secos (CDD) e pela precipitação máxima em 5 dias (RX5day).

No período de referência, entre 1961 e 1990, os valores de CDD eram, em média, de 80 a 85 dias. 
O número subiu para cerca de 100 dias para o período de 2011 a 2020 nas áreas que abrangem o norte do Nordeste e o centro do país.

Os mapas demonstram que a região Sul vem sendo a mais afetada pelas chuvas extremas ao longo das últimas décadas. 
No período de referência, a precipitação máxima em cinco dias era de cerca de 140 mm. O número subiu para uma média de 160mm.

Ondas de calor (WSDI)

Os dados indicam que houve aumento gradual das anomalias de ondas de calor ao longo dos períodos analisados e para praticamente todo o Brasil. 
Exclui-se a região Sul, a metade sul do estado de São Paulo e o sul do Mato Grosso do Sul. 
No período de referência, o número de dias com ondas de calor não ultrapassava sete. 
Para o período de 1991 a 2000 subiu para 20 dias;  entre 2001 e 2010 atingiu 40 dias; e de 2011 a 2020, o número de dias com ondas de calor chegou a 52 dias.

“Essas informações são a fonte que podemos reportar como fidedignas daquilo que está sendo sentido no dia a dia da sociedade. Estamos deixando de perceber para conhecer. Esse é um diferencial de termos essa fonte de dados robusta”, afirmou o diretor do Departamento para o Clima e Sustentabilidade do MCTI, Osvaldo Moraes. “São dados relevantes para fazer a ciência climática dar suporte à tomada de decisão. Estamos deixando a percepção de lado para aprofundar o conhecimento”, complementou.

Para o estudo, foram considerados dados observacionais de 1.252 estações meteorológicas convencionais, sendo 642 estações manuais e 610 automáticas para construir as séries de temperatura máxima, e um total de 11.473 pluviômetros para os dados de precipitação.

A partir dessas informações críticas foram analisados três extremos climáticos. O número de dias consecutivos secos (CDD) foi calculado estimando-se o número de dias seguidos com precipitação inferior a 1mm. O RX5day registra a maior quantidade de precipitação em 5 dias. O WSDI representa a soma de dias de ondas de calor no ano. 
Caracteriza-se como onda de calor o mínimo 6 dias consecutivos em que a temperatura máxima superou um limiar de ao menos 10% do que é considerado extremo, comparado ao período de referência.

Os pesquisadores destacam a importância de observar o conjunto das informações e não apenas indicadores isolados. De acordo com os dados, o clima já está mudando e afeta o país de múltiplas formas, dado que o Brasil tem dimensões continentais. Enquanto em algumas regiões há aumento de temperatura, em outras observa-se aumento da precipitação ou ocorrência de seca.

“O mais recente relatório do IPCC destacou que as mudanças climáticas estão impactando diversas regiões do mundo de maneiras distintas. Nossas análises revelam claramente que o Brasil já experimenta essas transformações, evidenciadas pelo aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos em várias regiões desde 1961 e irão se agravar nas próximas décadas proporcionalmente ao aquecimento global”, ressaltou o pesquisador do Inpe Lincoln Alves, que coordenou os estudos.

Categoria
Meio Ambiente e Clima


26 de setembro de 2023

Calor. Arborização é sem dúvida uma solução eficaz

 

Hoje(21 de setembro 2023) fui no Incor- Rio Preto- SP, passar numa consulta de retorno na minha cardiologista.
Eu sempre presto muita atenção nos locais arborizados por onde passo e naquele local não foi diferente.  
Fiquei por um bom tempo em frente a clínica conversando com um senhor cadeirante esperando nossa carona( Cada um a sua)
Estava calor, mas tanto eu como ele ficamos ali, corria uma brisa suave que nos fez suportar o calor desse dia tranquilo.
Não tenho dúvidas que são aquelas árvores(Fotos) que ajudam na corrente de vento refrescante, além disso impedem a ação do sol escaldante nesses dias que estamos sofrendo um FORTE ONDA DE CALOR.
POR ISSO TEMOS QUE RESPEITAR A NATUREZA, COMO NOSSA IRMÃ. Esse era um pensamento do Santo da Ecologia São Francisco de Assis.
OBS. Se vocês prestarem atenção nas fotos, logo perto da porta do Clinica Médica está o senhor cadeirante, que tive um imenso prazer em trocar ideias sobre o clima quente que estamos vivenciando. E ele tanto como eu um forte crítico a devastação na natureza que é um dos motivos crescentes dos fenômenos climáticos. 








































17 de julho de 2023

AQUECIMENTO DA TERRA, ASSUSTA
















Fonte?:

Árvore, ser tecnológico.


Em 2020, a temperatura média global ficou cerca de 1,2 graus Celsius acima do nível pré-industrial (1). Para este ano, com a formação do fenômeno El Niño agravado pelas mudanças climáticas, já quebramos os recordes globais da temperatura média global do ar na Terra duas vezes.

A previsão é que este mês de julho seja o mais quente de todos os tempos (2).

Nos próximos meses, o mundo pode ultrapassar o marco de aquecimento de 1,5°C em ondas de calor de intenso (3).

POR QUE A TERRA ESTÁ AQUECENDO TANTO NOS ÚLTIMOS 100 ANOS?
Por milhares de anos, a natureza regulou a concentração de gases na atmosfera que retêm o calor emitido pela Terra e agem como uma estufa para permitir a vida no planeta. Isso começou a mudar depois da Revolução Industrial quando indústrias passaram a queimar combustíveis fósseis como fonte de energia e promover o consumo e descarte em massa, causando um aumento exponencial das emissões não naturais de gases do efeito estufa. Nesse curto período de 150 anos, o planeta ficou coberto por uma capa densa de gases que aprisiona o calor do Sol.
Uma pesquisa (4) publicada pela Science reconstruiu a temperatura do planeta nos últimos 11 mil anos e chegou a mesma conclusão que relatórios já vinha alertando: no século XX a Terra aqueceu mais do que em qualquer outro momento desde o fim da última era glacial.
QUEM SÃO OS PRINCIPAIS POLUIDORES?
Dados mostram que 100 empresas de combustíveis fósseis são responsáveis por 70% das emissões de gases efeito estufa históricas de todo o planeta e as 20 maiores Petrolíferas e Companhias de Gás são responsáveis por um terço de toda essa emissão sozinhas (5). A americana Chevron sozinha tem emissões projetadas equivalentes às emissões anuais de 364 usinas a carvão, e mais do que as emissões de 10 países europeus combinadas por um período semelhante de três anos (6).
Apesar de todos conhecerem esses dados, a indústria do petróleo investe milhões de dólares para persuadir tomadores de decisão, acionistas e o público que leva a sério a ação climática (7).
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC* deixa claro: se ultrapassarmos 1,5 grau Celsius de aquecimento as consequências serão irreversíveis e estamos perigosamente perto da beira do precipício. O mundo enfrentará uma crise humanitária sem precedentes (😎.
* O IPCC conta com a revisão de 270 autores-pesquisadores de 67 países e mais outros 675 colaboradores ao redor do mundo debruçados sobre mais de 34 mil artigos e 62 mil comentários de países para organizar a análise científica
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Saiba mais:
(1) ONU - Relatório do Estado do Clima Global da Organização Meteorológica Mundial (OMM): https://bit.ly/44cFJME
(2) THE GUARDIAN - Tuesday was world’s hottest day on record – breaking Monday’s record: https://bit.ly/3rft7pl
(3) BBC - Como o El Niño deve afetar o planeta, 2023: https://bit.ly/44bBb9n
(4) SCIENCE - Marcott, S., Shakun, J. et al. “A Reconstruction of Regional and Global Temperature for the Past 11,300 Years”, 2013: DOI: 10.1126/science.1228026
(5) THE NEW YORK TIMES: “For Our Future, the Oil and Gas Industry Must Go Green” – https://nyti.ms/2WqXh5n
(6) CORPORATE ACCOUNTABILITY: “A agenda lixo de ação climática da Chevron e como ela intensifica os danos globais”, 2023: bit.ly/3IE7EMA
(7) INFLUENCEMAP - “Agenda real das grandes petrolíferas sobre mudanças climáticas: como as grandes empresas petrolíferas gastaram US$ 1 bilhão desde Paris em captura narrativa e lobby sobre o clima”, março
(😎 IPCC AR6 Synthesis Report: Summary for Policymakers 2023 - https://bit.ly/3NIq94n


8 de agosto de 2022

A urgente luta para salvar a Terra e humanidade | 21 notícias que marcaram o século 21

 

 

O século 21 pode ser facilmente chamado do século das mudanças climáticas. Suas primeiras duas décadas foram suficientes para transformar o tema numa questão existencial para a humanidade e mostrar seus possíveis – e prováveis – impactos na vida na Terra. Da campanha e do documentário do ex-vice-presidente americano Al Gore, em 2006, à assinatura do Acordo de Paris, em 2015, e ao movimento lançado pela adolescente sueca Greta Thunberg, em 2018, o aumento da temperatura do planeta causado pela ação humana tornou-se um assunto onipresente. Neste vídeo da nossa série especial "21 notícias que marcaram o século 21", Camilla Veras Mota conta como nada disso, porém, foi até agora capaz de contornar o problema. Embora cada vitória dos ambientalistas e ação conjunta de governantes fossem comemoradas, a comunidade científica internacional continuava alertando que a situação só piorava.

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12 de janeiro de 2016

Efeito Estufa




Nessa vídeo aula saiba mais sobre o efeito estufa, as mudanças climáticas e o aquecimento global.

Desenvolvido pela Mamute Mídia.


27 de abril de 2014

Sabemos o que fazer, mas quase nada fazemos, artigo de Washington Novaes

Só pode ser bem-vinda a notícia de que o Departamento de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente está preparando um diagnóstico para o Cerrado e uma proposta de estratégia para esse bioma (Ministério do Meio Ambiente, 31/3). O Cerrado já perdeu mais de 50% de sua vegetação e, segundo estimativa de estudiosos, mais de metade da água acumulada no subsolo e que gera 14% dos fluxos para as três grandes bacias nacionais – a amazônica, a do Paraná e a do São Francisco. E pode perder mais, dizem técnicos, com a expansão da fronteira agropecuária, pressionada pela maior exportação de commodities, pelo aumento do consumo interno e pela expansão dos agrocombustíveis. Tudo isso resulta em ampliação do uso da terra e das taxas de desmatamento.
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Pela mesma razão, é preciso que a sociedade esteja atenta para o que acontecerá no Senado na discussão de parecer do senador Blairo Maggi ao projeto de lei da Política de Gestão e Proteção do Bioma Pantanal – outra área já diante de agressões em curso e da possibilidade de que se permita ali a substituição de áreas preservadas por pastagens cultivadas, da possível supressão de reservas legais e dos efeitos danosos sobre os recursos hídricos. O Pantanal é um privilégio brasileiro, fundamental para o clima e a conservação da biodiversidade.
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O último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado há poucos dias (Estado, 30/3), alerta exatamente para a vulnerabilidade de espécies terrestres e aquáticas, o risco de que tenham de migrar ou se extingam diante dos impactos do clima. E menciona especificamente a Amazônia brasileira, mas não apenas ela, embora lembre que no espaço amazônico estão estocados 90 bilhões de toneladas de carbono (na seca de 2005 foram liberados 5 bilhões de toneladas).
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Outros estudos estão apontando para os impactos do clima nas populações de polinizadores, principalmente abelhas, das quais depende cerca de 10% da produção agrícola mundial, perto de US$ 212 bilhões anuais (30/3). Os polinizadores estão sendo afetados principalmente pelas mudanças no uso da terra, secas, inundações. Áreas particularmente atingidas são as de produção de verduras e frutas. E a perda da biodiversidade originária – estudo da Natura (17/3) – pode ser muito problemática, já que um hectare de palmeiras de dendê produz 200% mais óleo de palma do que um hectare de sistema agroflorestal. No mundo todo, afirma o economista indiano Pavan Sukhdev, o custo da perda da biodiversidade pode chegar a US$ 4,5 trilhões por ano.
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Os dramas do clima e cenários soturnos não são para o fim do século, estão acontecendo agora em todos os continentes e oceanos – lembra texto de Giovana Girardi neste jornal (29/3). E podem desacelerar o crescimento econômico, dificultar a redução da pobreza e a segurança alimentar. O cientista José A. Marengo enfatiza a necessidade de correr com programas de adaptação – mas deixando claro que não há uma fórmula única, depende de cada lugar, de seus problemas e possibilidades específicas. Todavia já são evidentes os riscos de savanização de várias áreas.
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O conservador e prudente jornal britânico The Guardian chega a discorrer sobre estudo do Centro Espacial Goddard, da Nasa, segundo o qual “a civilização industrial global pode entrar em colapso nas próximas décadas” por causa do “consumo insustentável de recursos e da distribuição desigual da renda” – cada vez maior. Não seria a primeira vez na História do mundo, observa o jornal, citando o desaparecimento de civilizações como as de Roma e da Mesopotâmia. Tecnologia, apenas, não resolverá. O desfecho, contudo, não é inevitável, “dependerá de políticas adequadas” (14/3).
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Uma dessas políticas terá como missão encontrar formatos adequados para expandir em 60% a produção global de alimentos até 2050 sem ampliar os problemas da água (a agricultura já usa 70% do total), da desertificação (mais 60 mil km2 por ano), do consumo de recursos naturais acima (pelo menos 30%) da capacidade de reposição. Em outra área, diz o World Economic Forum que serão necessários investimentos anuais de US$ 6 trilhões, ao longo de quase duas décadas, para estabelecer uma “economia de baixo carbono”. Mas como se fará para eliminar, por exemplo, o subsídio ao consumo de combustíveis fósseis – petróleo, principalmente -, uma das fontes mais poluidoras?
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Diz o governo brasileiro que em 2010 a redução do desmatamento no Brasil produziu uma queda de emissões maior que a do total dos países desenvolvidos. Isso foi consequência dos esforços para reduzir o pico do desmatamento na Amazônia. Porém ainda não chegamos a reduções mais fortes em outras áreas (transportes, indústria e agricultura, principalmente).
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Um dos problemas está exatamente na falta de avanços na implantação do novo Código Florestal. E uma das questões mais fortes está em que, dois anos depois da nova legislação, ainda não se implementou o Cadastro Ambiental Rural (jornal Valor Econômico, 27/3), que permitiria identificar em cada propriedade áreas de preservação obrigatória da vegetação, reservas legais e desobediências à lei. Os decretos de regulamentação do novo código também estão parados. E com tudo isso, como afirmou o Valor, “o Código Florestal continua no papel”, embora haja 5,4 milhões de imóveis rurais no País.
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Paralelamente, as unidades federais administradas pelo Instituto Chico Mendes não têm dinheiro para nada. O Brasil, segundo as Universidades Yale e de Columbia, está em 71.º lugar entre 178 países em termos de “ameaças à natureza” e proteção à saúde humana (Instituto Carbono Brasil, 29/1).
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O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, espera que os países cheguem a um acordo sobre o clima em setembro, mas não há nada concreto à vista. E o experiente Nicholas Stern, consultor do Reino Unido, alerta: “Sabemos o que está acontecendo. Mas nada fazemos” (UN News, 21/3).
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*Washington Novaes é jornalista. E-mail: wlrnovaes@uol.com.br.
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Artigo originalmente publicado em O Estado de S.Paulo e reproduzido pelo EcoDebate, 14/04/2014

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