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2 de junho de 2022

Por que a produção de alimentos por AGROFLORESTA é melhor que a produção por MONOCULTURA?

Qual o impacto disso no abastecimento de água das cidades?

1) A agrofloresta potencializa a vida do solo enquanto a monocultura empobrece o solo;
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2) A agrofloresta usa a própria natureza para fazer o controle biológico de pragas enquanto a monocultura está presa em ciclo vicioso dependendo cada vez mais de sementes patenteadas e novos venenos importados que fazem mal à saúde humana, às águas e à biodiversidade;
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3) A agrofloresta protege a biodiversidade e promove a flora e fauna do bioma enquanto a monocultura desmata e elimina o habitat natural da fauna local;
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4) A agrofloresta recupera olhos d'água e nascentes enquanto a monocultura e criação de gado em áreas que eram antes de floresta tem secado fontes de água, assoreado nascentes e modificado o ciclo hidrológico.
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Com o título "Wake up before it is too late (Acorde antes que seja tarde demais)", relatório de 60 pesquisadores do mundo todo alertam que a transformação do atual modelo agronegócio é inevitável.
O relatório com a compilação das pesquisas foi publicado pela Comissão das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e convoca governos para urgente transformação da produção de alimentos, com:
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1) Criação de um mosaico global de sistemas agroflorestais de cultivo;
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2) Fortalecimento de pequenos produtores rurais; e
3) Democratização do controle da produção.
O estudo mostra ainda que o fortalecimento de pequenos produtores é o melhor caminho para combater a pobreza e a fome.
Saiba mais:
Wake up before it is too late - Make agriculture truly sustainable now for food security in a challenge climate|

ONU : https://goo.gl/cF7VFw se não abrir clique AQUI (Arquivo em PDF)





























1 de julho de 2019

Estudo mostra que o Aquífero Guarani está contaminado por agrotóxicos ( E AGORA,QUEM ASSUME ESSA IRRESPONSABILIDADE?)


O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas.
A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar.
No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior.
No Brasil, não há níveis considerados inseguros para as substâncias. Ainda assim, a presença do herbicida na zona leste – onde o aquífero é menos profundo – acende a luz amarela para especialistas. Segundo Cristina Paschoalato, professora da Unaerp que coordenou a pesquisa, o resultado deve servir de alerta. “Não significa que a água está contaminada, mas é preciso evitar a aplicação de herbicidas e pesticidas em áreas de recarga do aquífero”, disse ela.
O monitoramento também encontrou sinais dos mesmos produtos no Rio Pardo, considerado como alternativa para captação de água para a região no longo prazo. “Isso mostra que, se a situação não for resolvida e a prevenção feita de forma adequada, Ribeirão Preto pode sofrer perversamente, já que a opção de abastecimento também será inviável se houver a contaminação”.
Aquífero ameaçado:
O Sistema Aquífero Guarani, que faz parte da Bacia Geológica Sedimentar do Paraná, cobre uma superfície de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo 839., 8 mil no Brasil, 225,5 mil quilômetros na Argentina, 71,7 mil no Paraguai e 58,5 mil no Uruguai. Com uma reserva de água estimada em 46 mil quilômetros quadrados, a população atual em sua área de ocorrência está em quase 30 milhões de habitantes, dos quais 600 mil em Ribeirão Preto.
A água do SAG é de excelente qualidade em diversos locais, principalmente nas áreas de afloramento e próximo a elas, onde é remota a possibilidade de enriquecimento da água em sais e em outros compostos químicos. É justamente o caso de Ribeirão, conhecida nacionalmente pela qualidade de sua água.
Para o engenheiro químico Paulo Finotti, presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente (Soderma), Ribeirão corre o risco de inviabilizar o uso da água do aquífero in natura. “A zona leste registra plantações de cana em áreas coladas com lagos de água do aquífero. É um processo de muitos anos, mas esses defensivos fatalmente chegarão ao aquífero, o que poderá inviabilizar o consumo se nada for feito”, explica.
Já para Marcos Massoli, especialista que integrou o grupo local de estudos sobre o aquífero, a construção de casas e condomínios na cidade, liberada através de um projeto de lei do ex-vereador Silvio Martins (PMDB) em 2005, é extremamente prejudicial à saúde do aquífero. “Prejudica muito a impermeabilidade, o que atinge em cheio o Aquífero”, diz.
Captação:
Outro problema que pode colocar em risco o abastecimento de água de Ribeirão no médio prazo é a extração exagerada de água do manancial subterrâneo. Se o mesmo ritmo de extração for mantido, o uso da água do Aquífero Guarani pode se tornar inviável nos próximos 50 anos em Ribeirão Preto.
A alternativa, além de reduzir a captação, pode ser investir em estruturas de captação das águas de córregos e rios que, além de não terem a mesma qualidade, precisam de investimentos significativamente maiores para serem tratadas e tornadas potáveis. A perspectiva já é considerada pelos estudiosos do chamado Projeto Guarani, que envolveu quatro países com território sobre o reservatório subterrâneo. O cálculo final foi entregue no fim do ano.
O mapeamento mostrou que a velocidade do fluxo de água absorvida pela reserva é mais lenta do que se supunha. Pelas contas dos especialistas, a cidade extrai 4% mais do que poderia do manancial. A média de consumo diário de água em Ribeirão é de 400 litros por habitante, bem acima dos 250 litros da média nacional. Por hora, a cidade tira do aquífero 16 mil litros de água. Vale lembrar que a maior parcela de água doce do mundo, algo em torno de 70%, está localizada, em forma de gelo, nas calotas polares e em regiões montanhosas.
Outros 29% estão em mananciais subterrâneos, enquanto rios e lagos não concentram sequer 1% do total. Entretanto, em se tratando da água potável, aproximadamente 98% se encontram no subsolo, sendo o Aquífero Guarani a maior delas. A alternativa para não desperdiçar esses recursos é investir em reflorestamento para garantir a recarga do aquífero, diz o secretário-geral do projeto, Luiz Amore.

Reportagem do DCI, socializada pelo MST.
EcoDebate, 19/05/2011

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3 de dezembro de 2014

Documentário mostra o cotidiano e condições de trabalho de cortadores de cana-de-açucar




Documentário mostra o cotidiano e condições de trabalho de cortadores de cana-de-açúcar
DOCUMENTAÇÃO - 23.10.11: Neste programa você vai conferir o documentário que trata das condições de trabalho de cortadores de cana-de-açúcar. No filme intitulado "Quadra Fechada" de direção de Beto Novaes, você vai conhecer o sistema de "Quadra Fechada", uma experiência inovadora entre os sindicatos e os cortadores para o controle da produção de cana-de-açúcar em Cosmópolis, município brasileiro do estado de São Paulo. No Quadra Fechada o sindicato recebe o mapa com a metragem da cana plantada e, a partir daí, é possível calcular quantas toneladas existem.

29 de agosto de 2014

ARTIGO PUBLICADO NO ANO 2006, NA FOLHA ONLINE SÃO PAULO SOBRE A MONOCULTURA DA CANA DE AÇÚCAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS. (Rivaldo R.Ribeiro)

O texto abaixo está do link http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/cjornalista/gd131006.shtml, foi um dos primeiros que escrevi publicado na Folha de São Paulo no espaço CIDADÃO JORNALISTA- Coluna de Gilberto Dimenstein no 13-10-2006 contra as QUEIMADAS EM CANAVIAIS e a monocultura da cana de açúcar. Na época não conhecia blogs e não havia o FACEBOOK.
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E a maioria dos problemas que escrevi naquele artigo estamos vivenciando hoje, um deles a falta de chuva

Não podemos afirmar categoricamente que a SECA que está nos sufocando é causado pela poluição das queimadas nos canaviais que todas as tardes escurecem nosso céu, mas também não podemos afirmar que não seja uma das causas, pois existe uma coincidência que devemos considerar e ciência investigar:  nesses anos os ciclos das chuvas tem mudado gradativamente, anos após ano.
E numa observação e comparação com anos anteriores o que diferenciou foi exatamente a ocorrência monocultura da cana de açúcar e suas QUEIMADAS no nosso interior paulista.
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ARTIGO PUBLICADO NA FOLHA:
QUEIMADOS NOS CANAVIAIS PARECEM COGUMELOS ATÔMICOS

"No horizonte a fumaça das queimadas nos canaviais formam nuvens no céu como cogumelos atômicos e nos dá um sentimento estranho, lá os animais que não puderam fugir transformaram em horríveis visões indefinidas: imagens negras de gritos sufocados e contorcidos pelo fogo, e a fuligem trás transtornos as donas de casa e aos alérgicos nas cidades vizinhas.
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Nos campos a terra está fumegante e deserta, a negritude do lugar nos dá impressões que houve realmente ali uma grande explosão, já não existem mais árvores capazes de frutificar, as aves fugiram e o céu esta morto...

O “progresso” baseado na monocultura da cana- de - açúcar com o intuito de aliviar a pobreza ao invés disso a concentra, se for desordenado e não considerar o ecossistema irá comprometer a vida e a sobrevivência de todas as espécies, poderá tornar solos férteis em zonas mortas e improdutivas.
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O cultivo da cana de açúcar é um processo de autofagia: devora tudo em torno de si, terras e mais terras, devoram o húmus do solo que é a matéria orgânica do solo em decomposição que nutri as plantas, impossibilita a reprodução de animais que não encontrarão mais alimentos, das aves que são as predadoras naturais de muitas pragas não terão mais os refúgios nas árvores para seus ninhos, dos pequenos animais como o tatu que tem habitat nas tocas, lebres etc.
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Envolve as pequenas culturas indefesas e o capital humano de toda uma vida, além dos fatores sazonais dos ciclos econômicos entre uma ascensão rápida e transitória e o declínio, é um progresso que não leva a nenhum beneficio, apenas um imaginário de conquistas de riquezas temporárias, pois sendo o progresso um desejo na vida, como se ela estará morta?

“Segundo um relatório do secretariado da Convenção de Diversidade Biológica da ONU, a Terra está sofrendo a maior extinção de espécies desde o fim dos dinossauros, e que a perda de biodiversidade, em vez de se estabilizar, está cada vez mais acelerado”.
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Além da ameaça nuclear, a humanidade sofre a ameaça da extinção natural, porque nunca soube estabelecer seus limites por causa das disputas econômicas e crescimento desordenado, até quando? Onde estará esta fronteira do desenvolvimento? Não seria a hora de repensar tudo isso, porque já chegamos a ponto de regresso: pois quase tudo que produzimos gera poluição e destruição da natureza, e em consequência a inviabilidade da sobrevivência da vida na terra.
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No interior de São Paulo usinas de álcool e açúcar estão sendo instaladas freneticamente, lembrando a mineração e garimpo do ouro na região Carajás (Pará), promovendo a transformação dos campos férteis num deserto verde de cana, prejudicando os pequenos agricultores pela elevação dos preços da terra ou do seu arrendamento, e eles temendo o futuro migrarão para os centros urbanos agravando o inchaço populacional já causado pelos novos trabalhadores destas usinas, com situações fáceis de prever no já caótico panorama social, com novos problemas que vem assustando as famílias, aumento da violência, drogas, inflacionando alugueis e outros serviços, nossas panelas estarão cozinhando gomos de canas invés de arroz e feijão... Quem ganha com isso?
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Será que vale a pena arriscar tanto? Será que não pode haver outra fonte de energia menos destrutiva? Qualquer dia destes o nosso céu ao invés de nuvens, verá apenas fumaça, o ar ficará seco e ardido aos olhos? Valerá a pena? 
Se abolirem as queimadas ainda fica os prejuízos ao solo como já frisei. Não sei porque tiranizam a natureza com punições injustas...Amar a natureza é amar a humanidade, destruí-la é indiferença à vida, a Deus, e ódio ao homem.
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Chegamos a um ponto crucial e polêmico diante do panorama ecológico do nosso planeta, o efeito estufa nos assando, as calotas polares estão derretendo, a temperatura da terra e dos oceanos está aumentando, as chuvas estão irregulares, os rios estão poluídos, não confiamos mais nas águas dos riachos para matar a nossa sede, não existe uma só cultura livre do agrotóxico, a camada de ozônio abrindo um rasgo no céu, portanto de agora em diante não devemos praticar o desenvolvimento econômico sem olhar destruição da natureza, contrabalançar sem demagogias analisando os pontos positivos e negativos, pois o arrependimento diante de uma lembrança de solos férteis, rios piscosos, nos vai doer muito na consciência.
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Vários pontos polemizam a cultura da cana de açúcar: ela traz o benefício de produzir grande quantidade de postos de trabalho para a mão de obra não qualificada, por outro lado são postos temporários, e pode concentrar está mão de obra em regiões que posteriormente não terão condições de absorve-las, é uma energia renovável e menos poluidora como combustível automotivo, contudo como escrevi acima é uma atividade que vai “bater” muito forte na natureza, a terra onde se cultiva a cana é sugada, desidratada, e de difícil recuperação.
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Acho que a euforia da cana de açúcar é precipitada, até que melhores estudos de todos os ângulos decidam isso, o Brasil tem muita terra, mas não é infinita, e se não for bem estudado tanto no nível socioeconômico e ecológico poderá trazer consequências sem exagero, apocalíptica.”,









2 de fevereiro de 2014

MILHARES DE ABELHAS SÃO MORTAS EM PONTALINDA-SP: Suspeita agrotóxico vindo de uma propriedade de Cana de Açúcar.


Não bastasse o SUMIÇO DAS ABELHAS em várias partes do mundo, na cidade de Pontalinda-SP o senhor  Pedro Olhier que é apicultor há 25 anos vive com frequência o drama da morte das abelhas do seu apiário, a suspeita vem  de uma propriedade de cana de açúcar vizinha, onde aviões aplicam agrotóxico usando aviões.
O apicultor tinha 60 colmeias,  agora só restam 35 colmeias, o senhor Pedro se mostra revoltado com tal situação.

"Mais uma vez essa cultura danosa ao meio ambiente faz seu estrago a uma espécie de grande importância para polinização das espécies e produção de mel: AS ABELHAS."

Fonte dessa notícia: André Modesto programa Nosso Campo, TV Tem São José do Rio Preto, veja a reportagem no LINK:

http://globotv.globo.com/tv-tem-interior-sp/nosso-campo-tv-tem/v/morte-de-abelhas/3115981/



19 de maio de 2013

Queimada nos Canaviais


A distância o horizonte já se apresenta cinza, é o inicio de uma queimada nos Canaviais...E o holocausto de centenas de animais silvestres, danos a natureza de difícil regeneração.     

Clique nas fotos para ampliar:




Urubu, ave carnívora a espera de possíveis vítimas das queimadas...



Pesquise sobre o URUBU




9 de setembro de 2011

Capital do Calor?

Votuporanga virou manchete nacional devido à baixa umidade e à alta temperatura dias atrás. Por curiosidade estivemos vasculhando os índices dos anos anteriores e percebemos que este fenômeno é recente já que no passado não tínhamos tão altas temperaturas nesta época. Ribeirão Preto e Presidente Prudente sempre estavam na dianteira destes índices.
 O que aconteceu com Votuporanga? Alguns técnicos poderiam afirmar que o aquecimento global vem atingindo com maior incidência nosso município e que não passa de um fato que aumentou a temperatura de todas as cidades. Mesmo assim isto não explica porque Votuporanga vem se destacando entre as cidades mais quentes do estado de São Paulo. O problema não é tão simples assim.
 Mas há algumas pistas a serem seguidas para explicar o que vem acontecimento e quase todas desembocam numa única via que é a degradação ambiental. Votuporanga recebe uma grande incidência solar e tinha antigamente na área urbana e na área rural um maior volume de árvores que aos poucos foram sendo arrancadas para ceder lugar a variados empreendimentos e jamais foram repostas na mesma proporção.
 A aridez ocupou todos os espaços. Até a algum tempo era comum andar pela cidade e encontrar uma mangueira, uma bananeira, um abacateiro. Muitos mantinham estas árvores frutíferas em quintais. Hoje isto está se tornando raro. O concreto invade a cada dia mais terrenos e ninguém tem tempo para cultivar mais nada.
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No campo o cultivo da cana desmatou quase a totalidade do verde que sobrou. E a tendência é piorar, pois as pequenas propriedades têm poucos incentivos para produzir e gerar lucros, fato que incentiva o arrendamento das terras para a produção canavieira. Com isso quase não se vê áreas verdes. Os animais estão sendo inapelavelmente expulsos de seu habitat e desaparecendo.
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Parece a política da "terra arrasada", usada antigamente como tática de guerra, quando uma grande extensão de terra era bombardeada e não sobrava nada. Hoje os mananciais de água, as minas, os riachos estão desaparecendo para ceder lugar à especulação e muita gente vem se especializando na arte de burlar a lei, de se esquivar e fugir da obrigação do reflorestamento.
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Sempre há um jeitinho de não cumprir os mandamentos da lei ambiental. Paga-se a multa depois do crime, acusa-se os outros pelo mal feito, enquanto isso o verde desaparece mais e mais. Ora são as queimadas, de outra feita foi uma desinformação de algum subalterno e no final ninguém repõe o que foi degradado.
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O calor vai castigar cada vez mais Votuporanga. Infelizmente essa é a tendência, se não houver uma política mais incisiva para enfrentar esta situação.
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João Fidélis de Campos Filho- Cirurgião-Dentista

http://jofideli.blogspot.com/  





14 de junho de 2011

Palhada da cana auxilia na diminuição do efeito estufa-Por Sandra O. Monteiro - sandra.monteiro@usp.br

Estudo desenvolvido no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da USP, em Piracicaba, comprova por meio de um modelo matemático denominado Century, que manter a palhada — restos da cana que ficam no solo após a colheita — aumenta significativamente a fixação de carbono na terra. O trabalho também confirma que a colheita mecanizada da cana-de-açúcar diminui a emissão de gás carbônico para a atmosfera, atenuando o efeito estufa.

Manter a palhada aumenta fixação de carbono na terraOs dados para o estudo foram obtidos pelo pesquisador Marcelo Valadares Galdos, atualmente no Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), de duas formas distintas. A primeira, por meio da coleta de amostras de solo em locais de colheita com queimada e de colheita mecanizada a partir da cronossequência, que consiste na retirada de amostras distintas do solo que possam demonstrar as diferenças ocasionadas pelo tempo. E, a outra, por informações do Instituto de Pesquisa da Cana-de-açúcar da África do Sul sobre solos com até 60 anos consecutivos de colheita sem queima.

A partir disto, utilizando-se o modelo matemático Century, desenvolvido pela Colorado State University (EUA), adaptado para a análise de dados de solos de plantações de cana-de-açúcar, foi possível prever cenários futuros para estas regiões.

Galdos explica que o procedimento dele e de outros pesquisadores foi “calibrar e validar um modelo computacional com dados de plantações da África do Sul e das cidades de Goiana (Pernambuco), Timbaúba (Pernambuco) e Pradópolis (São Paulo), para simular fluxos de carbono e nutrientes entre o solo, a planta e a atmosfera.”

Em Pradópolis, por exemplo, a manutenção da palhada no solo aumentou a fixação de carbono em 1200 Kilos por hectare por ano.

O professor Carlos Cerri, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da USP, em Piracicaba, que também participou da pesquisa, diz que “a quantidade de carbono que será fixada no solo depende do tipo de solo, do clima, do manejo da cultura, da forma da colheita, entre outros fatores. O solo argiloso, por exemplo, consegue fixar muito mais carbono do que o solo arenoso. Assim, como a fixação do carbono em lugares de climas frios é bem melhor do que em locais de climas quentes, onde a decomposição ocorre mais rapidamente.” A colheita mecanizada propicia a manutenção da palhada sobre o solo. Galdos complementa que “durante o processo de decomposição desse material, parte do carbono fica incorporada ao solo. Esse processo é conhecido como ‘sequestro de carbono’. Sua importância reside no fato de representar uma diminuição significativa no resultado do cálculo do ‘carbon footprint’ do etanol”.

Queimadas versus mecanização

A cana-de-açúcar durante a fotossíntese, processo de obtenção de energia da planta, retira gás carbônico do ar. O gás carbônico é transformado pela planta em compostos orgânicos que são incorporados pelas raízes, colmo (caule da cana) e folhas.

Quando a colheita é feita por meio da queimada das folhas, o carbono presente nos compostos orgânicos vai direto para a atmosfera em forma de gás carbônico, como produto da combustão. Em contrapartida, quando a cana é colhida mecanicamente sem queima, parte do carbono não volta para a atmosfera e é fixado no solo.


Etanol ou gasolina

Segundo o pesquisador, a vantagem de colheitas mecanizadas faz com que “plantações de cana-de-açúcar destinadas à produção de etanol tornem este biocombustível duplamente mais benéfico do que a gasolina. Pois, o gás carbônico liberado na combustão do etanol é o mesmo consumido durante a fotossíntese da cana. Na combustão da gasolina esta reciclagem não ocorre.”

O estudo foi contemplado com o 2º Prêmio Top Etanol, na categoria Trabalho Acadêmico. O artigo resultante do estudo, publicado na Soil Science Society of America Journal, é parte da tese de doutorado do agrônomo Marcelo Valadares Galdos que foi defendida na Esalq e orientada pelo professor Carlos Cerri do CENA.

Também participaram do estudo, Keith Paustian da Colorado State University (EUA), Rianto Van Antwerpen, do Instituto de Pesquisa da Cana-de-açúcar da África do Sul, e Carlos Eduardo Cerri, da Esalq

Com informações da Assessoria de Imprensa do CENA

Agência USP de Notícias 


28 de novembro de 2010

É preciso planejar com urgência o zoneamento agroambiental da Monocultura da cana-de-açúcar em São Paulo.

      Clique nas fotos para ampliar:

    Foto registrando a Poluição das queimadas ao fundo da cidade de José Bonifácio-SP: região de São José do Rio Preto.

Alem das queimadas naturais, acidentais e criminosas para facilitar o desmatamento.

Nós paulistas ainda temos que conviver com as queimadas também criminosas nos canaviais, o governo esqueceu que o Estado de São Paulo é o Estado que tem a maior densidade demográfica, e isso agrava os problemas de saúde obviamente em maior numero de pessoas.

Portanto pode-se dizer que quase toda a população do interior paulista vem sendo sufocada com a poluição causada pela queima da palha da cana.

Alem disso na regiao de São José do Rio Preto-SP que é uma das mais populosas do Estado,a maioria da cidades dessa região é servida pelo Aquifero Guarani que corre o risco de ser contaminado pelos agrotóxicos da monocultura da Cana de Açucar, atividade que se concentra da vez mais nessa região.

A promessa da mecanização pode melhorar, entretanto nunca irá solucionar o perigo das queimadas, pois os canaviais têm grande facilidade para se incendiar. Será um risco constante a uma tragédia, pois estamos diante de um fogo rápido e difícil de dominar.

Na  região de São José do Rio Preto-SP(Norte do Estado de São Paulo) inúmeros incêndios foram registrados como acidentais e criminosos, ou espontâneos por causa da seca prolongada que atinge a região ano após ano.

Seca que pode ter origem na quantidade de gases que sobem à atmosfera originados destas queimadas. Esses gases influem na pressão atmosférica e contribuem para baixa umidade do ar, desviando as frentes frias que vem do sul do país, estudo nesse sentido já foi feito em MS.

Alem da grande mortandade de animais carbonizados, é uma monocultura altamente modificadora dos biomas locais, pois modifica a fauna(morte de animais), flora(desmatamentos e incendios) e os rios(Sugados para irrigação).

E não podemos esquecer como já citei acima, que as grandes fazendas de cana de açúcar estão exatamente sobre um importante aqüífero: O Aquifero Guarani que supri de agua potável a milhões de pessoas, nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás. E nos países Paraguai, Uruguai e Argentina.



O governo precisa pensar com urgência em um zoneamento agroambiental para que essa monocultura não aumente ainda mais a sua rejeição e antipatia das populações que sofrem seus efeitos negativos.

Mais duas usinas serão construídas na região de São José do Rio Preto.

A TV-TEM de São José do Rio Preto divulgou em setembro desse ano a construção de Duas usinas, uma em Brejo Alegre, outra em Promissão por um grupo estrangeiro Indiano, que irá proporcionar mais plantio de cana de açúcar na região, uma preocupação a mais com o já comprometido meio ambiente.

Serão gerados cerca 1,2 mil de empregos, uma noticia que não é necessariamente um alento, pois não leva o Brasil a um desenvolvimento sustentável, é uma indústria altamente dependente da água, tanto das chuvas como dos rios. Um paradoxo sendo o setor sucroalcooleiro uma das causas das alterações climáticas e assoreamentos dos rios.

Por falar nisso veja:
Condições de trabalho na India.