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31 de agosto de 2024

Precisamos reduzir quase pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030

#MudançaClimática  #AçãoClimática  #AjaAgora
#NaçõesUnidas  #ONUBrasil #ONU

Precisamos reduzir quase pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030 para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus e evitar os impactos mais perigosos e devastadores da #MudançaClimática.

Não conseguiremos cumprir essa meta sem restaurar os ecossistemas e seus estoques de carbono.

A restauração de florestas e manguezais pode responder por mais de um terço da mitigação dos gases de efeito estufa que será necessária até 2030.

A ambiciosa restauração dos ecossistemas e a descarbonização da economia precisam andar de mãos dadas.

A Década das Nações Unidas da Restauração dos Ecossistemas (2021-2030) estabeleceu uma meta ambiciosa: restaurar 40% das terras do planeta até 2030.

Faça parte da #GeraçãoRestauração e comece um movimento de restauração na sua vizinhança, com seus familiares, amizades, vizinhas e vizinhos.

Confira o manual do @unep_pt para restauração de 8 tipos de ecossistemas degradados pela ação humana, dos espaços urbanos aos ecossistemas costeiros.
Acesse o link nas Stories e na descrição do perfil da @onubrasil.

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: Imagens antes e depois mostrando os efeitos da restauração de um ecossistema na Tanzânia apoiado pela Década das Nações Unidas. 
Com a escavação de barreiras para água de chuva, o nível de água no solo foi restaurado e permitiu a regeneração de árvores e grama, de 2018 a 2021.



15 de novembro de 2023

Número de dias com ondas de calor passou de 7 para 52 em 30 anos

Fonte: Inpe Anomalia WSDI (onda de calor) é um dos indicadores de extremos climáticos observados nos últimos 60 anos. 
No período referência, entre 1961 e 1990, o número de dias com ondas de calor (WSDI) era de sete e ampliou para 52 dias no período entre 2011 e 2020 

Dados fazem parte do estudo do Inpe que analisou dados climáticos dos últimos 60 anos, a pedido do MCTI

Como o clima está mudando no Brasil? 
Para responder a essa pergunta, os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) avaliaram os dados sobre as mudanças do clima observadas no Brasil nos últimos 60 anos. 
O estudo permite reconhecer as tendências nas séries de precipitação, temperatura máxima e mais três índices derivados que são considerados extremos climáticos: dias consecutivos secos (CDD), precipitação máxima em 5 dias (RX5day) e ondas de calor (WSDI).

O estudo foi realizado a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para subsidiar as discussões para a atualização do Plano Clima - Adaptação. 
De acordo com os especialistas, conhecer as mudanças climáticas é fundamental para caracterizar a ameaça e, por consequência, analisar os possíveis impactos, vulnerabilidades e adaptação. 
Os dados corroboram com o exercício executado para a Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima.

Os cálculos foram efetuados para todo o território brasileiro e consideraram o período de 1961 a 2020.
Os especialistas estabeleceram 1961 a 1990 como período de referência, e efetuaram análises segmentadas sobre o que aconteceu com o clima para três períodos: 1991-2000, 2001-2010 e 2011-2020.

Entre 1991 e 2000, as anomalias positivas de temperatura máxima não passavam de cerca de 1,5°C. 
Porém, atingiram 3°C em alguns locais para o período de 2011 a 2020, especialmente na região Nordeste e proximidades. 
No período de referência, a média de temperatura máxima no Nordeste era de 30,7°C e sobe, gradualmente, para 
31,2°C em 1991-2000, 
31,6°C em 2001-2010 e 
32,2°C em 2011-2020.

As anomalias de precipitação acumulada também são observadas nos três períodos avaliados, contudo destacam-se duas regiões contrastantes entre 2011 e 2020. 
Enquanto houve queda na taxa média de precipitação, com variações entre –10% e –40% do Nordeste até o Sudeste e na região central do Brasil, foi observado aumento entre 10% e 30% na área que abrange os estados da região Sul e parte dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Extremos climáticos

O aumento e a redução nos índices de precipitação repercutem na ocorrência de extremos climáticos que são estabelecidos por dois indicadores: dias consecutivos secos (CDD) e pela precipitação máxima em 5 dias (RX5day).

No período de referência, entre 1961 e 1990, os valores de CDD eram, em média, de 80 a 85 dias. 
O número subiu para cerca de 100 dias para o período de 2011 a 2020 nas áreas que abrangem o norte do Nordeste e o centro do país.

Os mapas demonstram que a região Sul vem sendo a mais afetada pelas chuvas extremas ao longo das últimas décadas. 
No período de referência, a precipitação máxima em cinco dias era de cerca de 140 mm. O número subiu para uma média de 160mm.

Ondas de calor (WSDI)

Os dados indicam que houve aumento gradual das anomalias de ondas de calor ao longo dos períodos analisados e para praticamente todo o Brasil. 
Exclui-se a região Sul, a metade sul do estado de São Paulo e o sul do Mato Grosso do Sul. 
No período de referência, o número de dias com ondas de calor não ultrapassava sete. 
Para o período de 1991 a 2000 subiu para 20 dias;  entre 2001 e 2010 atingiu 40 dias; e de 2011 a 2020, o número de dias com ondas de calor chegou a 52 dias.

“Essas informações são a fonte que podemos reportar como fidedignas daquilo que está sendo sentido no dia a dia da sociedade. Estamos deixando de perceber para conhecer. Esse é um diferencial de termos essa fonte de dados robusta”, afirmou o diretor do Departamento para o Clima e Sustentabilidade do MCTI, Osvaldo Moraes. “São dados relevantes para fazer a ciência climática dar suporte à tomada de decisão. Estamos deixando a percepção de lado para aprofundar o conhecimento”, complementou.

Para o estudo, foram considerados dados observacionais de 1.252 estações meteorológicas convencionais, sendo 642 estações manuais e 610 automáticas para construir as séries de temperatura máxima, e um total de 11.473 pluviômetros para os dados de precipitação.

A partir dessas informações críticas foram analisados três extremos climáticos. O número de dias consecutivos secos (CDD) foi calculado estimando-se o número de dias seguidos com precipitação inferior a 1mm. O RX5day registra a maior quantidade de precipitação em 5 dias. O WSDI representa a soma de dias de ondas de calor no ano. 
Caracteriza-se como onda de calor o mínimo 6 dias consecutivos em que a temperatura máxima superou um limiar de ao menos 10% do que é considerado extremo, comparado ao período de referência.

Os pesquisadores destacam a importância de observar o conjunto das informações e não apenas indicadores isolados. De acordo com os dados, o clima já está mudando e afeta o país de múltiplas formas, dado que o Brasil tem dimensões continentais. Enquanto em algumas regiões há aumento de temperatura, em outras observa-se aumento da precipitação ou ocorrência de seca.

“O mais recente relatório do IPCC destacou que as mudanças climáticas estão impactando diversas regiões do mundo de maneiras distintas. Nossas análises revelam claramente que o Brasil já experimenta essas transformações, evidenciadas pelo aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos em várias regiões desde 1961 e irão se agravar nas próximas décadas proporcionalmente ao aquecimento global”, ressaltou o pesquisador do Inpe Lincoln Alves, que coordenou os estudos.

Categoria
Meio Ambiente e Clima


17 de julho de 2023

AQUECIMENTO DA TERRA, ASSUSTA
















Fonte?:

Árvore, ser tecnológico.


Em 2020, a temperatura média global ficou cerca de 1,2 graus Celsius acima do nível pré-industrial (1). Para este ano, com a formação do fenômeno El Niño agravado pelas mudanças climáticas, já quebramos os recordes globais da temperatura média global do ar na Terra duas vezes.

A previsão é que este mês de julho seja o mais quente de todos os tempos (2).

Nos próximos meses, o mundo pode ultrapassar o marco de aquecimento de 1,5°C em ondas de calor de intenso (3).

POR QUE A TERRA ESTÁ AQUECENDO TANTO NOS ÚLTIMOS 100 ANOS?
Por milhares de anos, a natureza regulou a concentração de gases na atmosfera que retêm o calor emitido pela Terra e agem como uma estufa para permitir a vida no planeta. Isso começou a mudar depois da Revolução Industrial quando indústrias passaram a queimar combustíveis fósseis como fonte de energia e promover o consumo e descarte em massa, causando um aumento exponencial das emissões não naturais de gases do efeito estufa. Nesse curto período de 150 anos, o planeta ficou coberto por uma capa densa de gases que aprisiona o calor do Sol.
Uma pesquisa (4) publicada pela Science reconstruiu a temperatura do planeta nos últimos 11 mil anos e chegou a mesma conclusão que relatórios já vinha alertando: no século XX a Terra aqueceu mais do que em qualquer outro momento desde o fim da última era glacial.
QUEM SÃO OS PRINCIPAIS POLUIDORES?
Dados mostram que 100 empresas de combustíveis fósseis são responsáveis por 70% das emissões de gases efeito estufa históricas de todo o planeta e as 20 maiores Petrolíferas e Companhias de Gás são responsáveis por um terço de toda essa emissão sozinhas (5). A americana Chevron sozinha tem emissões projetadas equivalentes às emissões anuais de 364 usinas a carvão, e mais do que as emissões de 10 países europeus combinadas por um período semelhante de três anos (6).
Apesar de todos conhecerem esses dados, a indústria do petróleo investe milhões de dólares para persuadir tomadores de decisão, acionistas e o público que leva a sério a ação climática (7).
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC* deixa claro: se ultrapassarmos 1,5 grau Celsius de aquecimento as consequências serão irreversíveis e estamos perigosamente perto da beira do precipício. O mundo enfrentará uma crise humanitária sem precedentes (😎.
* O IPCC conta com a revisão de 270 autores-pesquisadores de 67 países e mais outros 675 colaboradores ao redor do mundo debruçados sobre mais de 34 mil artigos e 62 mil comentários de países para organizar a análise científica
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Saiba mais:
(1) ONU - Relatório do Estado do Clima Global da Organização Meteorológica Mundial (OMM): https://bit.ly/44cFJME
(2) THE GUARDIAN - Tuesday was world’s hottest day on record – breaking Monday’s record: https://bit.ly/3rft7pl
(3) BBC - Como o El Niño deve afetar o planeta, 2023: https://bit.ly/44bBb9n
(4) SCIENCE - Marcott, S., Shakun, J. et al. “A Reconstruction of Regional and Global Temperature for the Past 11,300 Years”, 2013: DOI: 10.1126/science.1228026
(5) THE NEW YORK TIMES: “For Our Future, the Oil and Gas Industry Must Go Green” – https://nyti.ms/2WqXh5n
(6) CORPORATE ACCOUNTABILITY: “A agenda lixo de ação climática da Chevron e como ela intensifica os danos globais”, 2023: bit.ly/3IE7EMA
(7) INFLUENCEMAP - “Agenda real das grandes petrolíferas sobre mudanças climáticas: como as grandes empresas petrolíferas gastaram US$ 1 bilhão desde Paris em captura narrativa e lobby sobre o clima”, março
(😎 IPCC AR6 Synthesis Report: Summary for Policymakers 2023 - https://bit.ly/3NIq94n