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5 de fevereiro de 2025

A substituição de pesticidas por métodos naturais



Está mais que provado que o uso de agrotóxicos pulverizados tem efeitos socioambientais devastadores: desde o extermínio de insetos fundamentais para a polinização e base de cadeias alimentares até a contaminação da água e do ar, afetando todos os seres vivos e causando doenças na população, que vão de câncer a má-formação fetal.

O controle biológico, como alternativa aos venenos no meio rural, já é uma estratégia promovida pela FAO em relatórios sobre a transição para uma agricultura sustentável. Na Europa, iniciativas como a Farm to Fork (Da Fazenda ao Garfo) – que busca reduzir em 50% o uso de agrotóxicos até 2030 – e a Rede Europeia de Agrofloresta (AEF) têm conectado pesquisadores e agricultores para melhorar a saúde do solo e proteger a biodiversidade. Nos Países Baixos e na França, produtores estão resgatando práticas ancestrais e antigos saberes. Na Suíça, pesquisadores estudam o uso de flores silvestres, como centáureas, coentro, trigo-sarraceno, papoula e endro, para o controle biológico de pragas.

Fora do bloco europeu, a Inglaterra também vem trabalhando para reduzir a dependência de químicos na agricultura e diminuir o envenenamento da população. Um exemplo é o uso de flores silvestres para atrair predadores naturais das pragas. Em 2012, o Centro para Ecologia e Hidrologia (CEH) do Reino Unido realizou um estudo em 15 grandes fazendas para testar como a inserção de faixas de flores silvestres no meio das lavouras poderia aumentar a presença de joaninhas, abelhas e outros insetos benéficos. Foram escolhidas espécies como margarida-de-boi, trevo-vermelho e cenoura-selvagem. Antes, essas flores só eram encontradas ao redor das fazendas.

A substituição de pesticidas por métodos naturais é fundamental não apenas para a saúde do planeta, mas também para a segurança alimentar da humanidade. 

Precisamos escancarar as artimanhas da bancada ruralista, que defende os interesses da indústria dos venenos. Coletivamente, devemos enfrentar esse lobby do agro no Congresso, desmascarar suas mentiras e lutar pela transição para uma agricultura verdadeiramente sustentável e resilientes.

Saiba mais:
Stripes of wildflowers across farm fields could cut pesticide spraying – The Guardian: https://bit.ly/3L7C4oN

“Primavera Silenciosa”, de Rachel Carson (1962): https://abre.ai/llcR

“Atlas dos Agrotóxicos”, de Larissa Bombardi (2017): https://abre.ai/llcT

Agrotóxicos e Colonialismo Químico”, capítulo 3, de Larissa Bombardi (2023): https://abre.ai/llcV

Malaria e a Primavera Silenciosa | PBS: https://abre.ai/llcW


10 de julho de 2019

MATO GROSSO ESTÁ ENVENENADO

Saúde Pública em risco por uso descontrolado de agrotóxicos torna Mato Grosso campeão em câncer infantojuvenil e má formação fetal (http://bit.ly/2JottS5). A exposição ambiental, ocupacional e alimentar da população foi tema na Assembleia Legislativa, em abril, quando a UFMT mostrou aos vereadores que a população matogrossense sofre DEZ VEZES mais exposição a veneno que a média nacional (http://bit.ly/2XvGmT4). 
Até quando vai dar pra fazer vista grossa ao que está acontecendo? Desde 2013, a Fiocruz vem falando sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde da população do Mato Grosso (http://bit.ly/32gQoGE). 
Não bastasse a população doente, o próprio estado decretou esse ano calamidade financeira (https://glo.bo/2XX4UUt). 
Que desenvolvimento é esse? O que adianta estar entre os maiores exportadores de soja, gado e milho do país, quando o estado está falido e a população morrendo? Quantos mais exemplos reais serão necessários para que o próprio setor acorde: por esse caminho, futuro não há.
Dados recentes na mídia:
- Julho/2019: “Agrotóxicos: MT é campeão em câncer infantojuvenil e má formação fetal” alerta Wanderlei Pignati(http://bit.ly/2JottS5)
- Julho/2019: raiva bovina obriga 200 fazendas a vacinarem animais (https://glo.bo/2XFbWy4)
- Abril/2019: "Exposição a agrotóxicos em MT é quase 10 vezes maior do que média nacional" (http://bit.ly/2XvGmT4)
- Março/2019: Safra de soja do MT de 2020 estimada em 31 milhões de toneladas já começa a ser vendida no mercado de futuro (http://bit.ly/2XO71dl)
- Jan-Julho/2019: MT exportou 141 mil toneladas de carne bovina -- mais de R$ 2 bilhões (https://glo.bo/2Liwt4X)
- Janeiro/2019: estado decreta calamidade financeira com dívida de R$ 4 bilhões (https://glo.bo/2XX4UUt).

FONTE

9 de julho de 2019

AGROTÓXICO- VENENO NA NOSSA MESA

Agrotóxicos: em junho, o Ministério da Agricultura registrou 42 novos produtos em apenas um dia. 
Desse total, 22 são considerados prejudiciais ao meio ambiente e 14 são nocivos à saúde humana, de acordo com estudos. Além disso, 17 produtos contém ativos que são proibidos em outros países.
O Interesse Público traz uma entrevista sobre a isenção fiscal concedida a agrotóxicos, que deixou de arrecadar quase R$ 3 bilhões aos cofres públicos brasileiros.






https://www.youtube.com/user/tvmpf


1 de julho de 2019

Estudo mostra que o Aquífero Guarani está contaminado por agrotóxicos ( E AGORA,QUEM ASSUME ESSA IRRESPONSABILIDADE?)


O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas.
A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar.
No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior.
No Brasil, não há níveis considerados inseguros para as substâncias. Ainda assim, a presença do herbicida na zona leste – onde o aquífero é menos profundo – acende a luz amarela para especialistas. Segundo Cristina Paschoalato, professora da Unaerp que coordenou a pesquisa, o resultado deve servir de alerta. “Não significa que a água está contaminada, mas é preciso evitar a aplicação de herbicidas e pesticidas em áreas de recarga do aquífero”, disse ela.
O monitoramento também encontrou sinais dos mesmos produtos no Rio Pardo, considerado como alternativa para captação de água para a região no longo prazo. “Isso mostra que, se a situação não for resolvida e a prevenção feita de forma adequada, Ribeirão Preto pode sofrer perversamente, já que a opção de abastecimento também será inviável se houver a contaminação”.
Aquífero ameaçado:
O Sistema Aquífero Guarani, que faz parte da Bacia Geológica Sedimentar do Paraná, cobre uma superfície de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo 839., 8 mil no Brasil, 225,5 mil quilômetros na Argentina, 71,7 mil no Paraguai e 58,5 mil no Uruguai. Com uma reserva de água estimada em 46 mil quilômetros quadrados, a população atual em sua área de ocorrência está em quase 30 milhões de habitantes, dos quais 600 mil em Ribeirão Preto.
A água do SAG é de excelente qualidade em diversos locais, principalmente nas áreas de afloramento e próximo a elas, onde é remota a possibilidade de enriquecimento da água em sais e em outros compostos químicos. É justamente o caso de Ribeirão, conhecida nacionalmente pela qualidade de sua água.
Para o engenheiro químico Paulo Finotti, presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente (Soderma), Ribeirão corre o risco de inviabilizar o uso da água do aquífero in natura. “A zona leste registra plantações de cana em áreas coladas com lagos de água do aquífero. É um processo de muitos anos, mas esses defensivos fatalmente chegarão ao aquífero, o que poderá inviabilizar o consumo se nada for feito”, explica.
Já para Marcos Massoli, especialista que integrou o grupo local de estudos sobre o aquífero, a construção de casas e condomínios na cidade, liberada através de um projeto de lei do ex-vereador Silvio Martins (PMDB) em 2005, é extremamente prejudicial à saúde do aquífero. “Prejudica muito a impermeabilidade, o que atinge em cheio o Aquífero”, diz.
Captação:
Outro problema que pode colocar em risco o abastecimento de água de Ribeirão no médio prazo é a extração exagerada de água do manancial subterrâneo. Se o mesmo ritmo de extração for mantido, o uso da água do Aquífero Guarani pode se tornar inviável nos próximos 50 anos em Ribeirão Preto.
A alternativa, além de reduzir a captação, pode ser investir em estruturas de captação das águas de córregos e rios que, além de não terem a mesma qualidade, precisam de investimentos significativamente maiores para serem tratadas e tornadas potáveis. A perspectiva já é considerada pelos estudiosos do chamado Projeto Guarani, que envolveu quatro países com território sobre o reservatório subterrâneo. O cálculo final foi entregue no fim do ano.
O mapeamento mostrou que a velocidade do fluxo de água absorvida pela reserva é mais lenta do que se supunha. Pelas contas dos especialistas, a cidade extrai 4% mais do que poderia do manancial. A média de consumo diário de água em Ribeirão é de 400 litros por habitante, bem acima dos 250 litros da média nacional. Por hora, a cidade tira do aquífero 16 mil litros de água. Vale lembrar que a maior parcela de água doce do mundo, algo em torno de 70%, está localizada, em forma de gelo, nas calotas polares e em regiões montanhosas.
Outros 29% estão em mananciais subterrâneos, enquanto rios e lagos não concentram sequer 1% do total. Entretanto, em se tratando da água potável, aproximadamente 98% se encontram no subsolo, sendo o Aquífero Guarani a maior delas. A alternativa para não desperdiçar esses recursos é investir em reflorestamento para garantir a recarga do aquífero, diz o secretário-geral do projeto, Luiz Amore.

Reportagem do DCI, socializada pelo MST.
EcoDebate, 19/05/2011

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2 de fevereiro de 2014

MILHARES DE ABELHAS SÃO MORTAS EM PONTALINDA-SP: Suspeita agrotóxico vindo de uma propriedade de Cana de Açúcar.


Não bastasse o SUMIÇO DAS ABELHAS em várias partes do mundo, na cidade de Pontalinda-SP o senhor  Pedro Olhier que é apicultor há 25 anos vive com frequência o drama da morte das abelhas do seu apiário, a suspeita vem  de uma propriedade de cana de açúcar vizinha, onde aviões aplicam agrotóxico usando aviões.
O apicultor tinha 60 colmeias,  agora só restam 35 colmeias, o senhor Pedro se mostra revoltado com tal situação.

"Mais uma vez essa cultura danosa ao meio ambiente faz seu estrago a uma espécie de grande importância para polinização das espécies e produção de mel: AS ABELHAS."

Fonte dessa notícia: André Modesto programa Nosso Campo, TV Tem São José do Rio Preto, veja a reportagem no LINK:

http://globotv.globo.com/tv-tem-interior-sp/nosso-campo-tv-tem/v/morte-de-abelhas/3115981/