João Fidélis de Campos Filho
Outro dia um amigo articulista deste jornal(Votuporanga) publicou uma matéria no qual arrolava uma série de efeitos nocivos provocados pelos ruídos em excesso e em especial por estas descargas de rojões que muitos insistem em soltar por qualquer motivo. Citou em sua coerente explanação o mal que ocasionam também em nossos indefesos animais domésticos, uma vez que a sua percepção auditiva é bem superior à nossa. E não passaram muitos dias fomos “brindados” com uma avalanche de rojões de grosso calibre e poderoso estrondo que nos lembrou de aquelas comemorações de padroeiras que eram encorajadas por religiosos sem muito senso de cidadania e boa convivência social.
Não sei o que motivou desta vez estes estrondos, mas sonho com o dia em que este ato seja proibido por uma lei severa, pois já existem muitos estudos apontando os malefícios físicos e mentais provocados por esta atitude de gosto duvidosa. Nos animais nem se fala, os efeitos são altamente perniciosos.Outro dia um amigo articulista deste jornal(Votuporanga) publicou uma matéria no qual arrolava uma série de efeitos nocivos provocados pelos ruídos em excesso e em especial por estas descargas de rojões que muitos insistem em soltar por qualquer motivo. Citou em sua coerente explanação o mal que ocasionam também em nossos indefesos animais domésticos, uma vez que a sua percepção auditiva é bem superior à nossa. E não passaram muitos dias fomos “brindados” com uma avalanche de rojões de grosso calibre e poderoso estrondo que nos lembrou de aquelas comemorações de padroeiras que eram encorajadas por religiosos sem muito senso de cidadania e boa convivência social.
Alguém dirá talvez por motivos sentimentais, porque torcem por determinado time ou porque querem externar uma devoção religiosa, na visita de uma autoridade ou por ter ganhado na loteria, que se a maioria quer que se danem os outros. É claro que esta visão é distorcida e politicamente incorreta em nossa moderna sociologia já que as democracias culturalmente mais avançadas tem procurado respeitar os direitos das minorias. Se por exemplo os vizinhos de um quarteirão permitirem que se instale uma casa de espetáculos, destas que exageram nos decibéis de seu som, e apenas um deles se sentir lesado em sua saúde a lei deve protegê-lo.
Foi-se o tempo da imposição ditatorial de costumes por uma maioria detentora da verdade subjetiva e contestável. Nesta semana uma cantora famosa anunciou publicamente que havia se casado com outra mulher e divulgou fotos desta relação, coisa muito repudiada por grupos conservadores, reacionários e homofóbicos. Em outras épocas seria banida socialmente por sua escolha sexual. Ainda bem que o bom senso está prevalecendo.
Faz-se necessário aceitar as diferenças como parte de uma sociedade múltipla que almeja um maior grau de igualitarismo. Por isso o conceito de sustentabilidade tem despertado cada vez mais atenção da aldeia global. Cada vez mais as pessoas estão percebendo que precisam coexistir neste planeta mantendo os recursos naturais em estado de renovação permanente, tal qual nos ensina a Mãe Natureza, até por questão de sobrevivência das gerações futuras. Hoje qualquer ação humana que envolva o meio ambiente e os semelhantes deve obedecer as seguintes indagações: É socialmente justo? É ecologicamente correto? É economicamente viável? Não prejudica ninguém?
Nenhuma atitude pode ser tomada para favorecer uma maioria que se auto-intitula dona da verdade. É preciso respeitar a todos em seus direitos, para que se dirimam as injustiças que teimam em permanecer em muitas comunidades.
jofideli@gmail.com
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