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30 de outubro de 2019

PAPA FRANCISCO: AS RAZÕES CRISTÃS PARA O CUIDADO DA CRIAÇÃO


Vatican News | Out 24, 2019
A tomada de consciência passa principalmente através de um “autêntico espírito de comunhão”

Foi lançado nesta quinta-feira (24) o livro “Nostra Madre Terra. Una lettura cristiana della sfida dell’ambiente”, com textos de documentos do Papa Francisco sobre o meio ambiente, entre os quais um inédito (já publicado pelo Vatican News em 16 de outubro) e com o prefácio do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I.
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O Patriarca recorda as etapas da colaboração com o Santo Padre, principalmente nas mensagens por ocasião do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, instituído em 2015, que une a Igreja Católica e a Ortodoxa na comum “preocupação pelo futuro da criação”.
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Família humana
No primeiro capítulo, “Visão íntegra”, foram selecionados alguns textos, principalmente trechos da Laudato si’, que mostram a necessidade de proteger a nossa casa comum através da união de “toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral”. Esta premissa é desenvolvida no capítulo “De um desafio atual a uma oportunidade global” por meio da análise de alguns trechos da Encíclica do Papa Francisco sobre a crise ambiental dos nossos dias, onde poluição, aquecimento global, mudanças climáticas, perda de biodiversidades são o efeito de uma exploração incontrolada destinada a crescer rapidamente se não forem tomadas medidas imediatas para uma mudança de direção. É necessária a conversão ambiental – observa o Papa – possível através da promoção de uma verdadeira educação ecológica que crie, principalmente nos jovens, uma conscientização e portanto uma consciência renovada.
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Leitura espiritual da ecologia
No escrito inédito que conclui o livro “Nostra Madre Terra”, Papa Francisco oferece a todos nós uma visão mais ampla de um assunto que não é simples preocupação para a salvaguarda do meio ambiente. Mesmo compartilhando muitos aspectos, não é comparável a uma visão leiga da ecologia. De fato, desenvolve a chamada teologia da ecologia em um discurso profundamente espiritual.
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A criação é fruto do amor de Deus. O amor de Deus para com cada uma das suas criaturas e principalmente pelo homem ao qual deu o dom da criação, lugar em que “somos convidados a descobrir uma presença. Mas isso significa que é a capacidade de comunhão do homem a condicionar o estado da criação (…) Portanto é o destino do homem que determina o destino do universo”, escreve Papa Francisco. A conexão entre homem e criação vive no amor e se este se acaba corrompe-se e não reconhece o dom que lhe foi dado. A exploração dos recursos feita de modo irresponsável para tomar posse de riquezas e poder, concentrando nas mãos de poucos, cria um desequilíbrio destinado a destruir o mundo e o próprio homem.
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Recomeçar do perdão e do Espírito Santo
Não é suficiente uma revolução tecnológica e compromisso individual. A tomada de consciência passa principalmente através de um “autêntico espírito de comunhão”. Deve-se recomeçar do perdão. Pedir perdão aos pobres, aos excluídos, antes de tudo, para poder pedir perdão também “à terra, ao mar, à ar, aos animais…”. Para o Papa Francisco pedir perdão significa rever totalmente o próprio modo de ser e de pensar, significa renovar-se profundamente. E o perdão só é possível no Espírito Santo. É uma graça a ser implorada com humildade ao Senhor. O perdão é se tornar ativos, empreender um caminho juntos e nunca na solidão.

(Vatican News)

Comentário do nosso site: 
O Papa Francisco ao relacionar a criação da natureza e meio ambiente com o amor de Deus, nos remete a lembrança do poema CÂNTICO DAS CRIATURAS de São Francisco de Assis que no meu entendimento foi o primeiro ecologista da humanidade, ele na sua época compreendeu a importância da natureza com a vida e a sobrevivência humana, pois foi dessa forma que Deus criou um mundo maravilhoso pensando no homem e em todas suas criaturas.


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